05/01/2012 - 06/01/2012 - O Diário do Leitor

30/05/2012

Resenha número 90

Olá leitores! Aqui quem fala é o novo resenhista do blog O Leitor, meu nome Guilherme Cepeda e sou do Burn Book . Uma breve biografia? Resenhista e fundador do Burn Book. Hiperativo, Escorpiano, Geek, leitor compulsivo, viciado em Paramore e ainda acredita na magia da Disney. Está cursando o primeiro período de Marketing e tentando levar uma vida aparentemente "normal".





Autora: Colleen Houck
Lançamento: Novembro de 2011
Editora: Arqueiro
Páginas: 352
Resenha por: Guilherme Cepeda
Nota: 







A maldição do tigre é o primeiro volume de uma saga fantástica e épica, que apresenta mitos hindus, lugares exóticos e personagens sedutores. Lançado originalmente como e-book, o livro de estreia de Colleen Houck ficou sete semanas no primeiro lugar da lista de mais vendidos da Amazon, entrando depois na do The New York Times.

“Um romance delicado e uma aventura capaz de deixar o coração a mil por hora. Eu vibrei e roí as unhas. A maldição do tigre é mágico!”
 – Becca Fitzpatrick, autora da série Sussurro

Antes de começar essa resenha, há alguns fatores que devem ser levados em consideração. Primeiramente, o livro me ganhou pela capa, mesmo antes de ler a sinopse ou pesquisar sobre ele, sabia que entraria para lista de (“Livros que eu compraria pela capa”). Agora acrescente ao “pacote” uma citação de Becca Fitzpatrick, autora da série Sussurro. Uma história envolvente, ligada a um romance de tirar o folego e uma pitada de aventura, com modelos bastante conhecidos como os apresentados em Indiana Jones e Percy Jackson (pela mitologia indiana em si, seus mitos, crenças e cultura). Juntando tudo isso, posso começar a resenha de “A Maldição do Tigre”.



Kelsey é uma adolescente de 17 anos, que já passou por várias situações complicadas na vida, inclusive a perda dos pais, que a levou a ter um amadurecimento significativo em relação ao esperado para uma menina de sua idade. Com a chegada do verão, ela procura um emprego temporário, e vê num circo que estava passando pela cidade a oportunidade perfeita para ganhar o seu próprio dinheiro e bancar os seus estudos na faculdade. Ela sabia que o trabalho não seria fácil, começou vendendo ingressos na bilheteria do circo, até que passou para o seu trabalho principal, cuidar de um tigre branco, de olhos azuis que tinha um olhar hipnotizante que, às vezes, chegava a ser ameaçador.

''Olhei dentro daqueles grandes olhos azuis e sussurei: Queria que você fosse livre. '' pág 41.

No decorrer do tempo, ela começa a passar mais tempo com o tigre, compreendendo a solidão e sentindo um desejo de liberta-lo, mas como isso não era possível, ela se contenta em passar cada intervalo do trabalho lendo poesias, conversando com ele, o que acabou resultando em uma estranha ligação com o animal. Mas o que ela não sabia, é que isso seria apenas o começo de uma aventura que estava prestes a mudar sua vida para sempre.

O tigre que Kelsey foi contratada para cuidar,é na verdade Alagan Dhiren Rajaram (Ren para os íntimos), um príncipe indiano que foi amaldiçoado por um mago há mais de 300 anos, condenado a viver pelo resto de sua vida como um tigre, que poderia voltar a forma humana durante 24 minutos por dia, e ele está convicto de que ela pode ser a única pessoa capaz de ajudá-lo a quebrar esse feitiço.

A partir daí , eles embarcam em uma aventura pela Índia para tentar quebrar a maldição de Ren, enfrentando forças sombrias, criaturas imortais e conhecendo mundos místicos que antes só eram “ilustrados” e contados na mitologia hindu. Tudo está ligado a uma antiga profecia e rituais antigos, que só vão aproximar mais os dois. E o resultado disso é que Kelsey se apaixona perdidamente tanto pelo tigre quanto pelo homem.

A improvável atração entre um tigre e uma adolescente logo passa a ser um amor intenso entre homem e mulher, capaz de tornar possível o impossível.

Bom, sem deixar spoilers a vista, eu só posso falar até aqui, acho que já deu pra vocês terem uma boa ideia do que se trata o livro e o quão à trama é envolvente. Colleen Houck conseguiu me pegar de jeito, juntou todos os elementos que eu gosto de ver nos livros num só, tornando “A Maldição do Tigre” um livro mágico, entrando pra lista dos melhores livros que eu li esse ano.

Kelsey é uma garota determinada, se mostra uma personagem interessante e madura desde o começo do livro, correndo atrás de seus objetivos e não se deixando levar pela aparência de garota fraca e influenciável que estamos acostumados a ver em outros livros por ai. Não é qualquer garota que aceitaria ir de uma hora pra outra para a Índia, e devida as circunstancias do livro acho que foi uma grande jogada da autora, pois ela explorou tanto a maturidade forçada pelos acontecimentos anteriores ao livro na vida de Kelsey, quanto a curiosidade e ânsia por novas aventuras, características marcantes dos adolescentes de hoje em dia. (Me senti velho usando essa frase, mas ok!)

Já Ren é o “modelo” perfeito que normalmente encontramos nos YA com algo a mais, na visão de Kelsey ele é a mistura de Antonio Banderas + James Bondes + Brad Pitt, uma combinação fatal de pele dourada e olhos azuis. Mas como a aparência não é o fator mais importante a ser levada em consideração, ela já tinha se apaixonado pela forma de “Tigre” de Ren, e quando ele revela o seu verdadeiro ser, fora da maldição, acabou sendo meio que um “bônus” pra ela. Ren é cavalheiro, atencioso e faria tudo por ela, parte disso se deve por ele ter vivido num período muito antigo, cerca de 300 anos atrás, e mesmo tendo ficado aprisionado em sua forma de tigre, não perdeu sua humanidade e acaba sendo o personagem destaque do livro.

''Fiquei paralisada quando ele levou minha mão lentamente aos lábios e beijou sua palma. Minha mão formigava.'' pág 213.

O livro tem singelas relações com a cultura pop, mas também tem o seu momento clássico, com citações e referencias a William Blake, com “O Tigre”, e alguns filmes bastante conhecidos e aclamados no cinema, como “E o vento levou” e “Romeu e Julieta”. A narrativa é envolvente, vai de situações de tirar o folego, colocando o leitor diretamente na cena, até momentos “calientes” encantadores, sem o apelo para tornar o livro um romance maçante. Colleen Houck soube trabalhar muito bem o desenvolvimento do livro, e uma coisa que me chamou a atenção foi a riqueza dos detalhes que ela usou para descrever cenas, paisagens e até o próprio Ren em algumas passagens, dando a impressão de que o tigre branco estava se aproximando cada vez mais, pronto para dar o bote e levar o livro com ele. (ok, momento brisa)

A diagramação está perfeita, a Editora Arqueiro manteve os detalhes da versão original, tanto na divisão dos capítulos que têm uma grafia que lembra alguns elementos indianos, quanto nos bilhetes ou passagens do livro que tem uma fonte diferente, algo próximo de uma grafia rebuscada de antigamente.

Um romance vibrante, com traços de aventura, levando o leitor a uma viagem pela Índia e ao mesmo tempo apresentando alguns mitos e costumes locais muito interessantes até então desconhecidos (pelo menos por mim), pois ao contrario da mitologia greco/romana, egípcia e nórdica, a mitologia e os deuses hindus não são muito explorados na literatura atual.

A Maldição do Tigre” não terminou do jeito que eu esperava, a autora nos leva a criar teorias, e eu esperava um final meio que clichê, mas foi totalmente o contrario do que eu pensava, acabando com um “gancho” para o próximo volume da série, “O Resgate do Tigre”, que não tem previsão para sair aqui no Brasil.

Recomendo a todos que gostam de romances, aventura e que querem conhecer um pouco mais da mitologia Hindu. “A Maldição do Tigre” é uma boa pedida para aqueles que querem fugir de anjos, vampiros e afins, e mesmo algumas pessoas tendo comparado o livro a série Twilight, a história não tem nada a ver, e é muito mais rica, tanto na narrativa quando no desenvolvimento do mesmo, da pra perceber que a autora pesquisou muito antes de escrever e sabe do que está falando (mesmo ela tendo se inspirado na série de Stephenie Meyer para começar a escrever o seu livro). Se quiser saber mais sobre a história do livro, e essa estranha relação com Twilight, confira no vídeo abaixo uma entrevista muito boa com a autora.

- Quem você pensa que eu sou? Indiana Jones? Acho melhor você saber que não tenho nenhum chicote nesta mochila! - Gemi e me voltei para Ren. Indicando o caminho do outro lado do abismo, eu disse: - Suponho que é nesta direção que devemos ir, certo? - Página 132



Sobre a autora: Colleen Houck é uma leitora ávida que adora livros de ação, aventura, ficção científica e romance. Estudou na Universidade do Arizona e trabalhou como intérprete de língua de sinais durante 17 anos. Ela mora em Salem, no Oregon, com o marido e um tigre branco de pelúcia.




 

28/05/2012

Resenha número 89.


Ghostgirl
Autora: Tonya Hurley
Editora: Agir
Nota: 

Sinopse: Charlotte Usher está no último ano do ensino médio e se sente praticamente invisível na escola, até que um dia fica invisível de verdade. Pior ainda: morre. E tudo por causa de um cara e uma bala de goma. Mas ela está tão desesperada para ser popular que o desejo permanece mesmo após sua morte repentina. Aproveitando suas habilidades de fantasma, Charlotte não descansará enquanto não conseguir o amor de Damen, o garoto dos seus sonhos. Romance de estreia da autora e cineasta Tonya Hurley e best-seller da lista do New York Times, o livro foi traduzido para mais de vinte idiomas, incluindo francês e espanhol, e é o primeiro volume da trilogia Ghostgirl. 



Recebi Ghostgirl da editora Agir na quarta-feira (16/05) e terminei de lê-lo na quinta (17/05). De rápida leitura e compreensão, Ghostgirl narra a história de Charlotte Usher em busca de popularidade e do amor de Damen. O pior é que quando ela finalmente consegue a chance de ficar ao lado dele, morre engasgada com uma bala de goma vermelha.
            O livro aborda o tema de pós morte dela de forma cômica, hilariante, e por vezes triste. Ela segue a vida como fantasma até conhecer Scarlet, uma humana que pode vê-la. As duas irão passar por apuros, e momentos doces, até o incrível desfecho (que é óbvio que não irei contar, MUAHAHAHAHA).
            Este é o primeiro volume de uma trilogia já publicada nos Estados Unidos. Você pode ver as capas dos outros dois livros, seus nomes e conferir o book trailer no site especial da obra:


            Com certeza é recomendado à todos que gostem de histórias doces, mas que trazem por trás uma moral nunca antes vista.



Sobre a autora: é uma escritora e diretora de filmes estadunidense. Também trabalha na televisão, atuando direto em meios interativos e no New York Times. É a autora da exitosa série de livros Ghostgirl (2008). The Blessed é a próxima trilogia escrita por Hurley.

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27/05/2012

No sofá com a Paam, edição #5.


            Bom dia gente! Tudo bem com vocês?
            Comigo tá tudo igual. As provas da faculdade começam neste dia 31, portanto nestas duas semanas NADA de ler livros :c . Mas compenso nas férias de julho.
            Vou mostrar os dois livros que fiquei devendo no outro vídeo e mais um que chegou esta semana e que em breve tem resenha!
            E como sempre, assim que terminei de gravar, editar e enviar o vídeo para o youtube, chegou coisa do Correio.
            Vou deixar as fotos dos mimos que vieram da Amanda, do blog Primeiro Livro no final do post, ok?
            Para assistir, basta clicar em Leia Mais e boa diversão!

25/05/2012

Resenha número 88.


O Beijo das Sombras – Volume 1 da série Academia de Vampiros
Autora: Richelle Mead
Editora: Nova Fronteira
Nota:

Sinopse: Lissa Dragomir é uma adolescente especial, por várias razões: ela é a princesa de uma família real muito importante na sociedade de vampiros conhecidos como Moroi. Por causa desse status, Lissa atrai a amizade dos alunos Moroi mais populares na escola em que estuda, a São Vladimir. Sua melhor amiga, no entanto, não carrega consigo o mesmo prestígio: meio vampira, meio humana, Rose Hathaway é uma Dampira cuja missão é se tornar uma guardiã e proteger Lissa dos Strigoi - os poderosos vampiros que se corromperam e precisam do sangue Moroi para manter sua imortalidade.
Pressentindo que algo muito ruim vai acontecer com Lissa se continuarem na São Vladimir, Rose decide que elas devem fugir dali e viver escondidas entre os humanos. O risco de um ataque dos Strigoi é maior, mas elas passam dois anos assim, aparentemente a salvo, até finalmente serem capturadas e trazidas de volta pelos guardiões da escola.
Mas isso é só o começo. Em O beijo das sombras, Lissa e Rose retomam não apenas a rotina de estudos na São Vladimir como também o convívio com a fútil hierarquia estudantil, dividida entre aqueles que pertencem e os que não pertencem às famílias reais de vampiros. São obrigadas a relembrar as causas de sua fuga e a enfrentar suas temíveis consequências. E, quem sabe, poderão encontrar um par romântico aqui e outro ali. Mais importante, Rose descobre por que Lissa é assim tão especial: que poderes se escondem por trás de seu doce e inocente olhar?
Richelle Mead dá uma nova face à literatura vampiresca com este romance: mais ácida, apimentada e inteligente do que nunca, a saga dos Moroi e seus guardiões surpreende pelas reviravoltas e pela ousadia desses cativantes personagens.


            Sempre procurei comprar os livros da série Academia de Vampiros, mesmo antes de Crepúsculo. Mas o fato da história criada por Stephenie Meyer ter me decepcionado fez com que adiasse qualquer livro que tratasse do assunto. Foi com a leitura de O Punhal que esta vontade voltou e não pude deixar de aproveitar a promoção do Submarino em que você comprava três livros e pagava por dois. E o valor deste foi surpreendente: R$12,90 apenas.
            No começo, a história da Moroi Lissa era fraca, sem sal. Demorei até encontrar no livro um ponto positivo que me fizesse passar horas lendo. E isso aconteceu quando estava quase na metade. A partir daí a leitura se tornou mais prazerosa. E confesso: queria um Dimitri em minha vida. Ô homem de verdade, rs. O sentimento que Rose nutre por ele por vezes é retribuído, mesmo que de maneira inconsciente e recatada.
            Gostei muito de ler o primeiro livro da série, e fiquei deveras curiosa pelo segundo, principalmente pelo desfecho da obra.
            No Brasil, foram publicados os cinco primeiros volumes, sendo o último lançado no início deste ano. Todos pela editora Nova Fronteira, seguindo esta ordem:


- O Beijo das Sombras;
- Aura Negra;
- Tocada pelas Sombras;
- Promessa de Sangue;
- Laços do Espírito.


             Mal vejo a hora de começar o segundo livro (assim que adquirir-lo)! E fica super indicado para aqueles que gostem de suspense, romance, sangue e claro, vampiros!



Sobre a autora: Richelle Mead nasceu em Michigan, e mora em Kirkland, Washington. Ela tem três graduações: um Bacharel em Estudos Gerais pela Universidade de Michigan, um Mestrado em Comparação Religiosa pela Universidade Western Michigan, e um Mestrado em Ensino pela Universidade de Washington. Sua graduação em Ensino a levou a ser professora de 8ª série no subúrbio de Seattle, onde ensinou Estudos Sociais e Inglês. Ela continuava a escrever durante seu tempo livre, até ela vender seu 1º romance, Succubus Blues. Depois de abandonar seu trabalho para escrever em tempo integral, seus outros livros se seguiram rapidamente.
Mead escreve seus livros ativamente em três séries diferentes. O cronograma é tão exigente que ela tem de acabar um projeto para um novo livro a cada três meses. É uma mudança muito rápida em comparação com um ano que a maioria dos escritores demoram para escrever um livro. 


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23/05/2012

Resenha número 87

Olá leitores! Aqui quem fala é o novo resenhista do blog O Leitor, meu nome Guilherme Cepeda e sou do Burn Book . Uma breve biografia? Resenhista e fundador do Burn Book. Hiperativo, Escorpiano, Geek, leitor compulsivo, viciado em Paramore e ainda acredita na magia da Disney. Está cursando o primeiro período de Marketing e tentando levar uma vida aparentemente "normal".









A Lenda dos Guardiões – A Captura
Autora: Kathryn Lasky
Editora: Fundamento
Páginas: 175

Resenha por: Guilherme Cepeda Carocia
Nota:




Soren, uma coruja jovem e inteligente, vive na pacífica Floresta de Tyto. Ele nem desconfia que uma grande e inimaginável ameaça vai transformar sua vida para sempre. Depois de cair do ninho onde mora, Soren é sequestrado e levado à sinistra Academia S. Aegolius para Corujas Órfãs. Lá, ele e outros filhotes são forçados a trabalhar e ficam expostos à Lua cheia, que os hipnotiza e transforma em seres vazios, sem lembranças de quem eram. Qualquer reação ou pergunta pode resultar em terríveis castigos ou até ser fatal! Enquanto luta para não perder a identidade, Soren faz uma amiga, Gylfie.

Os dois logo descobrem que a única maneira de fugir dali é aprender a voar – voar até Ga Hoole, um reino de bravos guerreiros, os únicos que podem proteger as corujas de tamanho perigo. Será que eles vão descobrir a razão dos sequestros? Ga Hoole existe ou é só uma lenda? Junte-se a Soren e Gylfie e conheça um universo repleto de fantasia, surpresas e ação. A série A Lenda dos Guardiões ficou por diversas semanas na lista dos livros mais vendidos do New York Times e deu origem a um filme. A Captura é o início de uma história envolvente, diferente de tudo o que você já viu.

 

(…) Soren tentou desesperadamente bater as pequenas asas curtas. Inútil! "Estou morto. Uma corujinha morta. Três semanas fora da casca e a minha vida termina!", ele pensou.
Vou fazer a resenha da lenda dos guardiões, um pouco diferente do que de costume. Desde o começo do ano, jurei ler os 15 livros antes de assistir ao filme (não, você não leu errado, são 15 livros mesmo). Assisti o filme sem ter lido nenhum dos livros, e agora já estou quase no fim de A Jornada, que é o 2° livro, mas vamos ao que realmente interessa.


Magnifico. Essa é a palavra que posso usar para definir A Captura, primeiro volume da série A Lenda dos Guardiões.

A Lenda dos Guardiões é uma série que conta as aventuras de 4 corujinhas encantadoras, que faz você conhecer mais sobre a vida das corujas, como também se apegar a cada um deles, de um jeito especial.

Soren é uma coruja de igreja encantadora. Tem uma personalidade que pode ser comparada a de qualquer criança, um jeitinho inocente e curioso, sempre querendo saber mais e mais. Gylfie é uma corujinha elfo, uma espécie de corujas que não se desenvolvem muito, e são conhecidas como corujinhas anãs, para ela não há definição melhor do que a de Crepúsculo: Pequena coruja, grandes palavras. Ela é um pouco mas velha do que Soren, mas é extremamente racionalista, esperta mas ao mesmo tempo é humilde e não tira vantagem de nenhuma de suas ações. Já Crepúsculo, é uma coruja esperta, que adora aparecer, e com seu alaúde faz canções para todas as situações, o que acaba dando uma pitada de humor na história. E por ultimo, mas não menos importante, meu personagem preferido, Digger, uma coruja buraqueira, que não tem costume de voar, vive em tocas no chão. Dentre todos eles é o personagem mais engraçado, histérico e com seus comentários que nos levam a vida de uma forma diferente.
A trama se desenvolve, com foco na amizade criada entre as 4 corujinhas, principalmente entre Soren e Gylfie que enfrentam todos os desafios para sobreviver a terrível Academia de S. Aggie para Corujas Órfãs, que vale cada página do livro. Kathryn Lasky acertou em cheio quanto ao ritmo de desenvolvimento da trama, que te faz rir, se emocionar, sentir agonia e leve ao mesmo tempo.

Kathryn Lasky criou uma história totalmente diferente de tudo o que eu já tinha visto. Desde o momento em que Soren é capturado, a riqueza em detalhes dos seus medos e pensamentos, é impossível não se sentir agoniado e não torcer pelo pássaro. Os cenários são descritos cuidadosamente, lindas paisagens, montanhas, florestas, desertos e a grandiosidade dos oceanos, que nos levam a outros mundos mas nada muito fora da realidade.

A Captura é o primeiro volume da série, a Lenda dos Guardiões e mesmo sendo apenas uma introdução para A Jornada, não deixou nada a desejar em questão da história, criatividade e apresentação dos personagens. Depois de começar a série, é impossível não sentir curiosidade com o mundo das corujas, que tem costumes totalmente diferentes de outras espécies de pássaros que eu já tivesse visto.
Se você gosta de livros que narram grandes aventuras, fantasia, personagens brilhantes e grandes lições de moral, A Lenda dos Guardiões – A Captura, é uma ótima pedida.






Sobre a autora: Kathryn Lasky é uma autora americana bem conceituada, que tem em seu nome vários livros de ficção e não-ficção bastante famosos. As séries "Dear America", "The Royal Diaries", "Sugaring Time", "The Night Journey", e "the Guardians of Ga'Hoole". Sendo o último um dos mais conhecidos por todo mundo, aqui no Brasil chamado de "A lenda dos guardiões".




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21/05/2012

Resenha número 86.


Oldar – Guerra da traição
Autor: Rondinelli Fortalesa
Editora: Dracaena
Nota: 

Sinopse: Oldar é um planeta muito antigo, ainda em seu início, quando o universo era imenso e inexplorado. Os povos começavam a conhecer uns aos outros e tinham seus primeiros conflitos motivados por paixões humanas e até sobrenaturais. A primeira narrativa de Oldar inicia-se no país do continente Oeste conhecido como Edammael, onde vivem os dans. O governo fora estabelecido no início dos tempos como reinado, no qual um homem governa sozinho o destino do povo. Houve também um reinado duplo, em que Dormom e Gormom, irmãos gêmeos que se amavam muito, reinaram em paz. Nem tudo o que é bom dura para sempre e um dia a ganância por poder levou a uma traição que dividiu o reino de Edammael em dois. O reino do norte, sob o comando de Dormom envolveu-se com magia das trevas e criou monstros para derrotar o seu adversário. O reino do sul, sob o comando de Gormom aprendeu sobre um outro tipo de magia e, usando o cajado de poder e outras armas sagradas, lutaram na primeira Guerra do continente Oeste, que ficou conhecida como a Guerra da Traição. Oldar é a primeira história da Trilogia que serve como introdução ao universo em que um guerreiro chamado Telfem viajará por todos os planetas com seres viventes usando espelhos mágicos. 





Começo a resenha mostrando um ponto negativo que faço em quase todas as resenhas da editora Dracaena e da Novo Século: a má revisão e os milhões de erros durante o livro. Alguns eu até fiquei em dúvida, pois mexia com os nomes dos personagens e cidades. Já outros, como a utilização correta dos verbos, chegou a ser grotesca. Outro ponto que merece destaque são algumas falas mal pontuadas.

Enfim, voltando ao assunto principal que é a resenha do livro. O enredo traz a história de Oldar, um mundo distante. Não sei ao certo se haverá outros livros, mas pelo que pude entender este trata especificamente dos irmãos que tornaram-se reis ao mesmo tempo e a traição que os separou. (DESCOBRI QUE É TRILOGIA \O/ UHUL )

A passagem que Datuim, através do Grande Espírito, dá a sentença à Dalém me remeteu a passagem bíblica de Adão e Eva:

“- Vocês todos estão mortos. Terão que comer para manter a vida em seus corpos, a terra não será tão fecunda quanto é hoje, pois ela poderá secar e não dar mais frutos. Os animais não os comerão em condições normais, mas se os aborrecerem ou se estes estiverem cm fome, a carne humana lhes parecerá proveitosa. A vida vai começar com dor e esta os acompanhará até o fim da carne, quando morrerão por completo. Eu lhes darei sabedoria para cuidar de suas vidas e um dia eu voltarei. Aqueles que continuarem a dar ouvidos aos enzoleios traidores serão inimigos daqueles que Me obedecem e haverá muita dor e sofrimento inominável entre vocês. Mesmo aqueles que quiserem me obedecer terão dificuldade, porque agora que podem de fato fazer o que quiser terão sempre dúvida no coração e nem sempre poderão me ouvir com clareza”.

Mais pra frente tem uma outra passagem que remete à formação dos continentes no planeta Terra:

“Daenel bateu a ponta de seu cajado marrom no chão e a terra tremeu, saíram vapores da terra e subiram até línguas de fogo que ao entrar em contato com o ar e a água endureciam e formavam coisas novas, até terras novas. A grande massa de terra de Oldar foi dividida em muitos pedaços, dando origem a três grandes massas de terra. Dessa forma os erchominos foram divididos em grupos.”

Não sei se brisei muito com relação à isso, mas foi o que eu percebi em alguns pontos da narrativa.
O livro é perfeito com relação a construção do enredo, além de trazer muita magia.


Sobre o autor: Sou o Rondinelli, tenho 27 anos e sou autor de ficção fantástica, gosto muito dos autores Tolkien, Lewis, Saramago e Rowling. Desde criança eu costumava escrevinhar coisas até que um dia decidi formalizar minhas idéias e criei o que eu chamo de Telfem, um personagem com poderes fantásticos e que viaja por entre os mundos do pluriverso. Divergindo de outras histórias que falam primeiro do momento de máxima importância e depois retornam para contar como tudo começou, eu parti do início, contando a história de Oldar, o primeiro mundo criado e onde o Telfem nasceu.






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