Resenha número 13. - O Diário do Leitor

13/12/2011

Resenha número 13.


Laços de Família
Autor: Clarice Lispector
Editora: Rocco
Nota: 


Sinopse: Laços de Família, publicado pela primeira vez em 1960, é um tesouro da ourivesaria literária. São treze contos, hoje tidos como clássicos. Entre eles, os festejadíssimos "Amor", "O crime do professor de Matemática", "O búfalo" e "Feliz aniversário", adaptado para a televisão por Ziembinsky. Neles s personagens são sempre surpreendidos por uma modalidade perturbadora do insólito, no meio da banalidade de seus cotidianos. Clarice cria situações onde uma revelação, que desconstrói e ameaça a realidade, desvela a existência e aponta para uma apreensão filosófica da vida. Em Laços de família, Clarice aprofunda sua técnica narrativa em uma abordagem quase fenomenológica. Trata da solidão, a morte, a incomunicabilidade e os abismos da existência através da rotina de dona-de-casa, do mergulho trágico em uma festa familiar nos 89 anos da matriarca, da domesticação da natureza mais selvagem das mulheres, ou dos pequenos crimes cometidos contra a consciência, contra o drama do professor de Matemática diante do abandono e da sacerdotisa da nossa literatura.

Laços de Família é o primeiro livro de contos de Clarice Lispector. Oito dos três contos tratam da condição feminina no contexto familiar. Nos cinco restantes, a escrita continua presa ao universo familiar, privilegiando outros membros da família. Todos são narrados em terceira pessoa, exceto “O Jantar”, que é narrado em primeira pessoa. Nos contos narrados em terceira pessoa, o foco narrativo caracteriza-se pela onisciência do narrador, que desvenda a interioridade dos personagens através de um movimento ora de cumplicidade, ora de distanciamento em relação a eles.

A interrupção da rotina e a volta a ela podem ser analisadas como o mais forte elemento organizador dos contos de Laços de Família, nos quais as personagens pertencem ao universo familiar, sendo em sua maioria femininos.



Sobre o autor: Clarice Lispector nasceu em 1920, na Ucrânia, uma das repúblicas da extinta União Soviética. De família judia, chegou ao Brasil com os pais e mais duas irmãs em 1922. Sua família residiu primeiramente em Maceió e depois em Recife, onde Clarice passou sua infância. Perdeu a mãe em 1930 e, três anos depois, seu pai mudou-se com as filhas para o Rio de Janeiro. No Rio, Clarice formou-se em Direito e foi casada com o diplomata Maury Gurgel Valente, com quem teve seus dois filhos. Seu primeiro livro foi o romance 'Perto do coração selvagem', lançado em 1943. Clarice morreu em 9 de dezembro de 1977, um dia antes de completar 57 anos.

 




6 comentários:

  1. Pamela, como deve ter percebido gostei do seu Blog. Venho em doses diárias. Parabéns pela difusão da literatura! E essa obra da Clarice, eu não li ainda, mas já está na lista. Agora eu estou lendo o Gabriel García Márquez.

    Abraço

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  2. Não conhecia este livro.Nunca li nada da Clarice..

    seguindo :D

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  3. Tenho curiosidade de ler esse livro.
    Porém, acho a escrita da Clarice um tanto difícil (complexa, eu diria) e não gosto muito de ler livros com essa linguagem mais antiga, apesar de eu acha-los bem importantes!
    Gostei da resenha mas acho que você poderia expor a sua opinião sobre o livro!

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  4. Oi Pâmella, obrigada pela visita!
    Eu fiquei com vontade de ler esse livro! Eu já li o Perto do Coração Selvagem, da Clarice, se você ainda não leu recomendo também ;D Beijoos

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  5. Tenho muita curiosidade em ler algum livro da Clarice. Se não me engano, meu pai tem este livro aqui em casa e agora nas férias aproveitarei para colocar a leitura em dia com os clássicos! :)



    Beijinhos, Amanda Cristina.
    www.primeiro-livro.com

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  6. Oi, vim dar uma passada no seu blog! Esse é um ótimo livro, mas só não é melhor do que Felicidade Clandestina!

    Mas Clarice é Clarice.

    Curti o blog! Voltarei!

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