Resenha número 33. - O Diário do Leitor

20/01/2012

Resenha número 33.


Macário
Autor: Álvares de Azevedo
Editora: L&PM POCKET
Nota: 

Sinopse: 'Macário' demonstra o talento dramático de Álvares de Azevedo. Nele se vê o grande dramaturgo que ele poderia ter sido.

            Macário oscila entre o teatro, o diário íntimo e a narrativa, que se estabelece através do diálogo entre Satã e Penseroso, tendo por centro os vícios e desatinos da cidade grande. Macário narra a saga de um jovem que viaja à cidade a estudos e, em uma das paradas que faz pelo caminho, faz amizade com um estranho que se trata de Satã.
            A cidade que é descrita durante a narrativa é São Paulo, a qual Álvares de Azevedo não perde oportunidade para criticar.
            É um drama que se passa em dois episódios. No primeiro, o jovem estudante Macário chega numa taverna para passar a noite e começa a conversar com um estranho. Este mesmo estranho revela-se ser Satã o leva a uma cidade (São Paulo) de devassidão, povoada por prostitutas e estudantes. Macário acorda na pensão e a atendente reclama que ele dormiu comendo. Ele acha então que foi tudo um sonho, mas ambos vêem pegadas de pés de cabra queimadas no chão.
            No segundo episódio, passado na Itália, Macári Oe outros estudantes aparecem em cena, confusos, deprimidos e em busca do amor puro. Seu amigo Penseroso acaba matando-se por amor enquanto Macário está bêbado. A peça acaba com Macário sendo levado por Satã a uma orgia em um bar, algo remanescente de Noite na Taverna.
Assim, a ponta do fim engata na do começo, fechando o círculo como os dois únicos momentos de realidade indiscutível. O espaço inscrito é marcado por uma dubiedade de significado que talvez indique a estrutura profunda do drama, construído sobre a reversibilidade entre sonhado e real, vacilante terreno onde, quando pensamos estar num, estamos no outro.



Sobre o autor: Nascido em 12 de Setembro de 1831, em São Paulo, Manuel Antônio Álvares de Azevedo cursa Direito em São Paulo, onde faz amizade com Bernardo Guimarães, Aureliano Lessa e outros participantes da Sociedade Epicuréia, que se dedicava a repetir a boemia de Byron.


2 comentários:

  1. Não conhecia o livro, é muito interessante! Adorei!
    bjus!
    http://lorenna-almeida.blogspot.com/

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  2. Olá =]
    Adorei a dica!
    Bjs,
    Ana Carolina
    http://palavrasonhada.blogspot.com/

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