Resenha: A vida em tons de cinza, de Ruta Sepetys. #94. - O Diário do Leitor

25/06/2012

Resenha: A vida em tons de cinza, de Ruta Sepetys. #94.

A vida em tons de cinza
Autora: Ruta Sepetys
Editora: Arqueiro
Nota: 

Sinopse: Lina Vilkas é uma lituana de 15 anos cheia de sonhos. Dotada de um incrível talento artístico, ela se prepara para estudar artes na capital. No entanto, a noite de 14 de junho de 1941 muda para sempre seus planos. Por toda a região do Báltico, a polícia secreta soviética está invadindo casas e deportando pessoas. Junto com a mãe e o irmão de 10 anos, Lina é jogada num trem, em condições desumanas, e levada para um gulag, na Sibéria. Lá, os deportados sofrem maus-tratos e trabalham arduamente para garantir uma ração ínfima de pão. Nada mais lhes resta, exceto o apoio mútuo e a esperança. E é isso que faz com que Lina insista em sua arte, usando seus desenhos para enviar mensagens codificadas ao pai, preso pelos soviéticos. A vida em tons de cinza conta a história de um povo que perdeu tudo, menos a dignidade, a esperança e o amor. Para construir os personagens de seu romance, Ruta Sepetys foi à Lituânia a fim de ouvir o relato de sobreviventes dos gulags. Este livro descreve uma parte da história muitas vezes esquecida: o extermínio de um terço dos povos do Báltico durante o reinado de horror de Stalin. Para Estônia, Letônia e Lituânia, essa foi uma guerra feita de crenças. Esses três pequenos países nos ensinaram que a arma mais poderosa que existe é o amor, seja por um amigo, por uma nação, por Deus ou até mesmo pelo inimigo. Somente o amor é capaz de revelar a natureza realmente milagrosa do espírito humano. 




A vida em tons de cinza têm um “quê” de A menina que roubava livros, pois ambos tratam sobre o mesmo tema (a guerra na Alemanha), vista por dois pontos distintos. O primeiro, aborda a questão da incorporação da Lituânia à Rússia e a maneira pela qual Stalin tratou dos que ali viviam. A sujeira, a doença, a morte sempre esteve ao lado deles. Mas mesmo nestes momentos, não puderam arrancar de dentro deles a esperança, o amor e o patriotismo. Já o segundo demonstra a sensação de poder e horror instaurada com a entrada de Hitler no poder.
Foi um dos livros mais lindos e inspiradores que já tive contato. A capa demonstra bem a proposta que a autora traz com o livro. A esperança surge até mesmo nos dias cinzas, mesmo quando tudo prova o contrário. Ruta é descendente de lituanos, por isso o desejo de colocar no papel e levar ao mundo uma história que não é conhecida nas escolas, por isso o desejo de levar ao mundo a história de um país que não desistiu de lutar para se livrar das mãos dos opressores.
Entrou pra lista dos melhores de 2012 (isso porque só estamos na metade do ano). Confesso que chorei nas horas das separações. A única coisa que creio ter ficado mal resolvida é o final. Alguns pontos são tocados quase na reta final, e fico eu lá, esperando que tenha fim e nada.
Confiram agora um book-trailer que achei no youtube, criado pela editora Arqueiro na época do lançamento do livro. É emocionante.






Sobre a autora: Nascida e criada em Michigan, nos Estados Unidos, Ruta Sepetys é filha de um lituano refugiado. Os países bálticos – Estônia, Letônia e Lituânia – sumiram do mapa em 1941, anexados pela União Soviética, e só reconquistaram sua independência na década de 1990. Com A vida em tons de cinza, seu primeiro romance, Ruta pôde dar voz às centenas de milhares de pessoas que, de alguma forma, foram atingidas pelo genocídio perpetrado por Stalin. Ruta mora com a família no Tennessee.





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3 comentários:

  1. Eu já vi esse livro, já conhecia, talvez eu peça em parceria com a Arqueiro. Eu estudei a União Soviética esse ano e tals, então tem a ver, né. Que bom que você gostou!
    maravilhosomundodetinta.blogspot.com.br

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  2. Virginia de Oliveira25 junho, 2012 12:10

    Nossa o livro parece ser ótimo, gostei da resenha ela me deixou curiosíssima para ler o livro. Já li a menina que roubava livros e me emocionei muito, acho que vou gostar muito de ler esse livro.

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  3. Quando comecei a ler a resenha não me entusiasmei tanto com o livro não, mas depois que vc disse que pode ser considerado por vc um dos melhores de 2012, vou dar uma chance a este livro tbm!! Já estou seguindo o blog, segue lá o meu tbm ;)

    Xoxo
    http://amigadaleitora.blogspot.com.br

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