Quem, Eu?
Uma avó. Um neto. Uma
lição de vida
Autor: Fernando
Aguzzoli
Editora: Belas
Letras
Número de Páginas:
239
Sinopse: Ele largou tudo que tinha – o emprego, a carreira, os estudos – para cuidas da avó com Alzheimer. E descobriu que compartilhar a dor não é sofrê-la no coletivo. É livrar quem dela sofre. Ao ver a avó que o criou enfrentar o triste dia a dia de um portador de Alzheimer, Fernando Aguzzoli decidiu largar tudo que tinha – o emprego, a carreira, os estudos – para tentar amenizar o sofrimento com amor e muitas risadas. Convivendo com a divertida, bonachona e, claro, sempre esquecida vovó Nilva, Fernando, um jovem aspirante a filósofo com um talento epistêmico para a comunicação, aprenderá uma lição de vida que doença nenhuma poderá apagar. A história real que emocionou o Brasil e vai fazer o leitor rir e chorar em cada página, mas nunca mais se esquecer dela.
Recebi
Quem, Eu? logo que foi lançado. Infelizmente perdi a noite de autógrafos aqui
de São Paulo (editoras e suas manias de marcar estes eventos durante a semana e
em horários e locais loucos). Mas ainda laço o Fernando e consigo uma linda
dedicatória *-*.
Se
você está procurando mais um livro de ficção, que conta parte da história
verídica e parte invenção, pode tirando seu cavalinho da chuva. Quem, Eu? é
mais uma biografia, que começa com o nascimento de Nilva Aguzzoli em 1934, e
passa por todas as fases de nossa “protagonista”: casamento, amor, filha, neto
e, finalmente, a doença que acabaria de vez com a alegria da família, o tão
temido Alzheimer.
Teria
acabado se eles não fossem tão unidos para transformar os pequenos erros do
dia-a-dia em humor.
Lembro-me de ficar brabo com toda brincadeira que faziam sobre a situação da minha avó. Amigos próximos uma vez ou outra diziam coisas como: “Putz, meu celular tá com menos memória que a vó do Fer”, ou então “Não lembra? Nem tua avó!”, e eu ficava furioso. Mas existiam apenas dois caminhos a seguir: o do bom humor ou o da severidade.
Fernando
teve um cuidado extremo ao escrever a obra que levaria a vida de sua avó,
trazendo informações relevantes sobre a doença que assola a maior parte dos
idosos no mundo todo. Hoje, com os devidos cuidados, o Alzheimer pode ser
amenizado, trazendo melhoria e maior expectativa de vida aos bons velhinhos.
Alzheimer é muito mais que resgate da memória passada e perda de memória recente. Em uma sucinta explicação, ela caracteriza-se como uma doença crônica, progressiva e incurável que afeta a cognição do portador.
O
fim da biografia em si é aquele mais temido pelo ser humano. Sabemos que irá
ocorrer, mas nunca estamos preparados para que ele finalmente chegue e nos
leve. Com gratidão, Fernando narra os últimos momentos da avó com os
sentimentos a flor da pele. Nunca vi algo tão simples, mas mesmo assim tão
tocante!
[...] uma vida não é medida por coisas boas ou ruins que fazemos, mas por quantas pessoas atingimos e quantas multiplicam essas atitudes.
Além
disso, há uma série de fotos que retratam a convivência e vida de Nilva, e uma
compilação de 69 diálogos inesquecíveis. Tudo isso escrito de maneira
convencional, nada nos padrões e moldes de uma grande ficção. A linguagem é tão
próxima à que utilizamos diariamente que dá gosto de ler cada página.
Eu estava dormindo no sofá
da sala quando acordo engasgado...
Eu: QUE É ISSO?
Vó: Bom dia!
Eu: Bom dia? É de tarde! O
que é que tu estavas botando na minha boca?
Vó: Doce!
Eu: Pera aí, isso é uma
colher de Danette?
Vó: É!
Eu: A SENHORA IA ME MATAR
ENGASGADO!
Vó: Exagerado. Mas de fome
não morria!
E
no finzinho, após os agradecimentos, notas de trechos médicos relatados ao
longo da narrativa da biografia aparecem com destaque especial.
Em
suma, devorei o livro em pouquíssimas horas. Realmente ele é impossível. Chorei
e ri demais em apenas 240 páginas. Recomendadíssimo! E se preparem: em breve a incrível história de Nilva Aguzzoli estará sendo publicada em Portugal. Será mais um grande sucesso, com certeza!
Oi, todo mundo esta falando desse livro, o autor foi até no programa da Ana Maria Braga, eu leria sim,com certeza.
ResponderExcluirSua resenha ficou muito boa.
bjs
Olá Pâmela, gostei muito de sua resenha. gosto de livros assim pq nos passa uma humanidade muito grande, além de termos mais contato com uma doença como esta.
ResponderExcluirbjs.
Antonio Henrique
http://navioerrante.blogspot.com.br/
Oi Pamela! Tudo bem?
ResponderExcluirEu tenho esse livro para resenhar,mas a falta de tempo me consome.Quem,Eu? Parece ser um livro de vários ensinamentos.
E a sua resenha está provocante hehehehe
Adorei,parabéns!
Beijossss
Oi, Pamela!
ResponderExcluirMuito boa a resenha, o livro me pareceu ser uma delícia. Vou procurar mais sobre ele, nunca tinha ouvido falar. Tenho uma avó com a mesma doença e realmente me identifiquei. Tem que se levar com o humor e cuidado mesmo.
Beijos
Aquela Borralheira
Hey, moça õ/
ResponderExcluirOlha, quando eu li a sinopse eu fiquei simplesmente encantada, só que aí você fala - "Se você está procurando mais um livro de ficção, que conta parte da história verídica e parte invenção, pode tirando seu cavalinho da chuva. " - e acaba com a minha alegria -.-'
Sabe, eu peguei uma frescura com biografias desde que li "A lista de Schindler", de um modo que não consegui sair do terceiro capítulo.
Então vai a pergunta: Você já leu esse livro do holocausto? E se sim, tem alguma coisa a ver?
Mas se você me der certeza absoluta de que eu não vou ficar entediada eu posso até dar uma chance ao livro :3
tesourosaovento.blogspot.com
Oi Pam!
ResponderExcluirQue legal esse livro! Eu estou para ler uma biografia, está na minha meta do ano, e essa super conta, achei um máximo ele escrever a história da avó e ainda alertar e comentar sobre a doença!
Achei o autor um gato também! ProntoFalei!
Adorei a resenha!
Parabéns!
Beijos
Oi Pam.
ResponderExcluirNossa, que história linda, amo esses livros motivadores e sobre as editoras marcar horários e dias de autótrofos malucos é super verdade, rs. Pena, que você não conseguiu. Parabéns pela resenha!
http://leit0res.blogspot.com.br/