Eu
(Jéssica de Paula) como autora e graduada em Letras, nunca fui muito chegada em
poesia. No entanto, algo em mim queria se aproximar mais desse universo até
então muito abstrato.
Em Violetas ao Vento, eu quis abordar um
pouco da poesia; desejava que a minha protagonista gostasse muito dos versos.
Com isso em mente, coloquei minha prateleira de livros abaixo em busca das
obras de poesia. Devo ter umas 5 ou 6. Quando as achei, folheei, li, mas nada
encontrei. Fui até à livraria, porém nada me deu o click necessário.
Pedi
opiniões aos meus amigos do facebook, e eles me indicaram poetas. Florbela Espanca
logo foi citada, e eu procurei algumas coisas sobre ela (a próxima postagem
será sobre essa incrível poetisa). No momento em que vi em sua bibliografia o
nome A mensageira das violetas quase
tive um treco. Era esse!
Como
a obra está em domínio público, baixei e li os poemas, que se encaixaram
perfeitamente com as vivências e dores da Violeta. Dessa forma, adotei o livro
para a minha criação. Falarei mais sobre a ligação entre ambos na outra
postagem.
Além
dos poemas de Florbela, que estão presentes no livro, há também trechos de
vários outros. Cada capítulo ganhou um poema, que dá uma ideia do que
acontecerá no desenrolar do capítulo. Uma das minhas betas chegou a dizer que
as poesias eram como uma trilha sonora.
Alguns
dos poemas encontrados no livro:
“Se
perguntas onde fui,
devo
dizer: o mar.
Estive
sempre ali,
mesmo
estando a mudar.”
“Se perguntas onde fui”, Carlos Nejar
“Recordo
outro ouvir-te,
Não
sei se te ouvi
Nessa
minha infância
Que me lembra em ti.”
“Pobre
velha música”, Fernando Pessoa
“Um
beijo é culpa,
Que
se desculpa:
Dá?
A
borboleta
Beija
a violeta:
Vá!”
“Beijo”, João de Deus
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