Violetas ao Vento é um drama por mais que seja um romance
adolescente. Todos os problemas da nossa protagonista giram em torno de algo
muito sério: a violência doméstica.
Desde
criança, Violeta presencia a agressão sofrida pela mãe dentro de casa. Seu pai
não mede forças com ela. Ver a mãe apanhar diariamente sem fazer nada, algumas
vezes até sobrando para a própria Violeta, a afeta de diversas formas.
Violeta
se sente inútil, incapaz de salvar a mãe, uma mulher que foi apagando com o
tempo; não é mais a mesma de antes. Toda essa vivência de agressão se reflete
nela, que passa a ser uma menina introspectiva, tímida e com medo das coisas.
Ela também não se acha boa para determinadas situações ou pessoas.
Além
da violência física, Violeta vive em uma família totalmente machista em que o
homem sempre manda em tudo, e cabe às mulheres obedecer e servir. Violeta se vê
condicionada a servir o pai e o irmão e, por mais que não ache certo aquilo,
não tem forças para lutar contra.
Escolhi
escrever sobre isso porque, infelizmente, ainda é algo que acontece com
frequência. Já presenciei e fiquei sabendo de casos na minha própria família.
Dessa forma, decidi discutir esse assunto, que ainda precisa ser tratado para
que possamos evitá-lo.
Algo
que me deixou surpresa ao escrever sobre isso, foi que 3 em cada 5 betas disse
que sabia o que era aquilo, que entendia as dores da Violeta porque já passara
por isso ou conhecia alguém bem próximo que ainda presenciava esse tipo de
violência. Eu realmente fiquei chocada. Sabia que ainda era comum, só não
imaginei que tanto.
Quotes:
“Minha
surpresa logo se transformou em desespero quando o vi partindo para cima dela.
O tapa que a acertou no rosto a fez cair de joelhos no chão sobre os cacos do
vaso.”
“Quando
ele levantou, não me mexi, mas Olívia sim, e entrou na frente, segurando-o pelo
braço.
—
Não bata nela — choramingou um pedido.
No
entanto, quem levou um tapa foi ela, que caiu no chão. Olga gritou, e fui
levantada pelo braço, ficando cara a cara com aquele homem por quem nutri nojo,
repugnância, pavor...”
Uau... amei a sinopse, e estou de acordo, esta questão precisa ser abordada nos livros! Quero conferir ♥
ResponderExcluirhttp://leitoracomamor.blogspot.com.br/
Olá Pamela,
ResponderExcluirNão conhecia esse livro mas sua resenha me deixou bem interessado, fiquei curioso, dica anotada....abraço.
devoradordeletras.blogspot.com.br