[Resenha] Nevermore - O Diário do Leitor

10/12/2015

[Resenha] Nevermore

Nevermore
Autora: Kelly Creagh
Editora: Pandorga
Número de Páginas: 448

Sinopse: A líder de torcida Isobel Lanley fica horrorizada quando descobre que seu parceiro para o projeto de inglês é Varen Nethers e que o projeto deve ser entregue – tão injusto – no dia o jogo contra o rival do colégio. Frio e indiferente, cínico e com a língua afiada, Varen deixa claro que ele também preferia não ter que estudar com ela. Porém, quando Isobel descobre um texto estranho escrito no diário de Varen, acaba vendo com outros olhos esse enigmático garoto de olhar expressivo. Logo Isobel começa a inventar desculpas para poder encontrar Varen. Afastando-se cada vez mais de seus amigos e do namorado possessivo, Isobel entra mais fundo no mundo de sonhos que Varen criou nas páginas de seu diário, um mundo onde as aterradoras histórias de Edgar Allan Poe ganham vida. Enquanto seu mundo começa a desmoronar ao seu redor, Isobel descobre que os sonhos, assim como as palavras, têm mais poder do que ela imaginava, e que as realidades mais assustadoras são aquelas criadas pela mente. Agora ela precisa encontrar uma maneira de chegar a Varen antes que ele seja consumido pelas sombras de seus próprios pesadelos. A vida dele depende disso.

Acho que tinha terminado de ler Nevermore há quase um mês, mas eu gostei tanto dele que não consegui vir contar para vocês tão rápido quanto a leitura foi.


Isobel está na sala de aula, cansada de ouvir seu professor de Literatura – o Sr. Swanson. A aula estava quase no final quando ele decide passar aos alunos um trabalho com a temática do Halloween, que seria deveras exaustivo. E o pior ainda estava por vir: ele mesmo havia sorteado as duplas. Como a sorte estava ao lado da jovem – SQN –, ela deveria realizar a tarefa com Varen Nethers, um garoto totalmente estranho, que se sentava isolado no fundo da sala.

Depois dessa experiência um tanto estranha, nada mais em seu dia saiu como ela planejava. No ensaio das líderes de torcida, a jovem caiu com tudo de costas. E quando saiu de lá, viu seu namorado – Brad – conversando com Varen. Na realidade, a conversa servia mais como um aviso de “caia fora que esta é minha”.

Decidida, foi para casa. Ligou para Varen, como ele havia solicitado. Mas esqueceu do aviso de não telefonar após às 21 horas, e acabou desligando antes mesmo que a atendessem. Após brigar com o irmão pelo poder da televisão, o telefone toca. Varen tentava combinar com ela de realizarem o trabalho na biblioteca. Mas, ao ouvir, surpreso, de era sábado, dia de diversão, ele diz que prefere fazer sozinho e desliga na cara de Iso.

E a partir daí podemos observar o quão entretida Isobel está com o jovem misterioso. Principalmente quando se juntam para, finalmente, começar o projeto de Literatura. Varen propõe que trabalhem com o conto O Corvo, de Edgar Allan Poe. Agora sim a magia acontece. Pesadelos, vozes. É como se ela fosse teletransportada para um mundo paralelo. O que será que está acontecendo com Isobel? Será que tudo tem relação com Varen?

No final das contas, não é só ela que está em perigo.

Com longo olhar escruto a sombra,
Que me amedronta, que me assombra,
E sonho o que nenhum mortal
Há já sonhado.

[O Corvo]

Depois de ter passado um perrengue para que o livro finalmente chegasse até em casa, pude me deliciar em uma das obras mais empolgantes e envolventes que tive este ano. Saber que ela foi inspirada e tem muita relação com Edgar Allan Poe foi o pontapé inicial que tive para solicitá-lo.

Conhecer um lado mimado de Isobel, e perceber que com o desenrolar da trama ela muda de atitudes, é algo muito bacana. Ela deixa de lado a possessividade de um relacionamento que não lhe acrescentava em nada e parte em busca do desconhecido, do inesperado. Fora que Varen é o MEU TIPO DE HOMEM. Misterioso, intrigante e cheio de piercings <3 (sim, meu gosto é duvidoso hahahhahha).

A capa é simples e muito bonita. Como o pano de fundo é Poe, claro que não poderia faltar o grande ícone de seus escritos: o corvo. As páginas do livro, quando fechado, são pretas (ou seriam cinzas?). A diagramação interna é relativamente simples, salvo algumas exceções no início dos capítulos. Falando nisso, eles são super curtos, o que adianta e muito a narrativa. Ponto mega positivo!


A escrita de Kelly me empolgou bastante e me deixou curiosa pela continuação. Aliás, deixa eu ir lá solicitar! 

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