O último conto de Dublinenses, de
James Joyce, integra a coleção Mimo
Os mortos é o último dos 15 contos que compõem Dublinenses, antologia
escrita por James Joyce entre 1904 e 1907. O livro, publicado agora pela
Autêntica em edição bilíngue, conduz brilhantemente o leitor pela gélida
atmosfera de Dublin do início do século XX e é considerado por muitos
especialistas e admiradores como o melhor da coletânea. O texto, celebrado como
uma obra-prima da ficção moderna, é um prazeroso convite a (re)descobrir a obra
do escritor irlandês.
Esta edição de luxo da Autêntica
conta com a tradução de Tomaz Tadeu, que fez ainda um cuidadoso trabalho de
pesquisa, acrescentando notas que auxiliam o leitor a compreender melhor o
contexto em que o conto foi escrito e suas referências. Para aqueles que
gostariam de conhecer a Dublin de Os mortos, há um link para o aplicativo de
mapas do Google, especialmente preparado para acompanhar a edição, em que é
possível consultar os lugares mencionados na história.
James Joyce tinha apenas 25 anos
quando escreveu este que permanece como um de seus mais admiráveis textos,
ainda que em suas obras posteriores, como Ulisses e Finnegans Wake, o autor
apresente inovações narrativas e linguísticas que o destacaram no mundo
literário. O crítico William Y. Tindall considera que o conto é “ao mesmo
tempo, o sumário e o clímax de Dublinenses”.
Ao lidar habilmente com o árido tema
da morte, Joyce lança um olhar afetivo e nostálgico ao seu país e à sua cidade,
tratados com certa dureza e severidade nos contos anteriores. Sem se afastar do
ambiente de estagnação e desesperança relativas à Irlanda que pontuam toda a
coletânea, ele descreve os cenários de Dublin com a sutileza de quem percorreu
aqueles ambientes e dedica algumas linhas a reproduzir o que seria considerada
pelo próprio autor a última “virtude” irlandesa: a hospitalidade – “Sinto
mais fortemente a cada ano que passa que nosso país não tem nenhuma outra
tradição que honre tanto e que deva conservar tão ciosamente quanto a de sua
hospitalidade. Segundo minha experiência (e não são poucos os lugares que
visitei no exterior), é uma tradição única entre as nações modernas. Alguns
diriam, talvez, que se trata, entre nós, mais de um defeito do que algo a ser
ostentado. Mas ainda que se admita isso, trata-se, a meu ver, de um nobre
defeito, que, confio, será entre nós cultivado pelo tempo afora”.
O livro compõe a coleção Mimo, feita
de pequenas, deliciosas e delicadas joias raras, como O Sol e o Peixe, de
Virginia Woolf, e Bartleby, o escrevente, de Herman Melville. Conheça outras
obras clássicas e belos textos da coleção no site www.grupoautentica.com.br.
Os mortos é uma história de Natal. De
música, dança e mesa farta. É uma história sobre os laços de família e de
amizade. Suas bênçãos e suas danações. Suas alegrias e seus estorvos. Seus
prazeres e suas desgraças. É também uma história de amor: uma história de
amores. Os mortos é uma história sobre os vivos. E sobre os que vão morrer. E
os que já morreram. É uma história sobre a morte. E sobre os vivos e os mortos.
É uma história sobre a vida.
Sobre o autor: James Joyce nasceu em Dublin, Irlanda, país que deixou em 1904
para morar na Europa continental (Trieste, Zurique, Paris). É conhecido,
sobretudo, pela coletânea de contos Dublinenses e pelos romances Um retrato do
artista quando jovem, Ulisses e Finnegans Wake, que figuram entre as obras
inaugurais do modernismo literário ocidental. Teria dito certa vez: “Coloquei
[em Ulisses] enigmas e quebra-cabeças em número suficiente para manter os
acadêmicos ocupados, discutindo por séculos e séculos o que eu quis dizer”.
Autor: James Joyce
Coleção: Mimo
Tradutor: Tomaz Tadeu
Preço: R$ 47,00
Páginas: 144
Formato: 14 × 21 cm
Acabamento: capa dura
ISBN: 9788582178027
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