Caim, o primeiro vampiro
Autora: Georgina
Cavendish
Editora: Novo
Século
Selo: Talentos
da Literatura Brasileira
Número de Páginas: 112
Você pode adquiri-lo em: Amazon
Sinopse: Caim vivia dos frutos de seu trabalho. Seus dias eram praticamente os mesmos até um sonho chamar sua atenção: uma oferenda era tudo o que Deus pedia. Mas, ao contrário do que imaginava, não seria a sua a ser aceita por Ele, e sim a de seu irmão, Abel. Um momento de loucura. Morte. Caim é marcado para sempre. Agora, não somente o céu o rejeita, como a própria terra e o que ela tem a oferecer. Caim então é obrigado a vagar por ela com apenas uma coisa capaz de saciá-lo: sangue.
Não
me perguntem o porque eu insisto em ler livros sobre vampiros de autores
nacionais. Simplesmente toda vez que eu olho essa palavrinha no título deles,
eu sinto uma magia me chamar e me convidar a perder totalmente meu tempo, haha.
A Lelê Tapias me alertou sobre algumas coisas, o que aguçou ainda mais minha
curiosidade. Mas há de se perceber que não curti muito a leitura, não é mesmo? A
notinha dois ali em cima é prova disso. Quer descobrir o por quê? É só ler a
resenha na íntegra, logo abaixo.
Como
é de conhecimento geral, principalmente dos religiosos de plantão, que Caim
traiu seu próprio irmão, Abel, e por isso carrega uma marca para o resto de
seus dias, avisando qualquer pessoa que chegasse perto dele o que ele havia
feito. E é a partir destes fatos já documentados que a autora Georgina Cavendish toma como partido em
busca de suas próprias conclusões acerca do surgimento do mundo vampírico.
Para
ela, tudo teria origem em um castigo de Deus a Caim, por ter matado seu próprio
irmão, tudo por causa de uma oferenda que não foi aceita por Ele. Na realidade,
o mais velho sentia ciúmes de tudo o que o mais novo fazia, desde o trabalho
mais leve, quanto do carinho que os pais tinham com ele. Mas a gota d’água foi
a rejeição daquele em que ele mais acreditava.
Com
fome e sede, ele vagou até encontrar uma jovem, chamada Annabel. Atentem para
um detalhe neste ponto da história, lá pelo capítulo 6 do livro e quase no meio
da narrativa: a moça surgiu do nada e, mesmo desconhecendo quem era o homem que
ela ajudava, deitou-se de bom grado e deu-lhe o que queria. Oi? Estamos falando
de uma época antes de Noé. Não é século XXI não, meu bem. As coisas eram um
pouco mais normais antes, rs. Voltando. Annabel o ajuda e, mesmo com seu irmão
odiando o fato de ela estar se envolvendo com um completo desconhecido, os dois
constituem uma família, que culmina no nascimento de Henoc.
Com
o nascimento do progenitor, ele decide criar e organizar uma cidade, que leva o
mesmo nome do filho. Mas nem todos estão contentes e é através de uma matança
sem motivo que ele põe fim à sua sede e consegue distrair os demais cidadãos,
deixando que uns culpem os outros.
É
claro que sua memória, sua alma, não tinha paz. E foi assim que ele partiu rumo
ao desconhecido. Será que ele finalmente encontraria o que queria? Será que
Deus finalmente havia perdoado seus pecados?
E
é com um fim totalmente esperado que Georgina
finaliza uma narrativa que em nada chama a atenção. Quando chegam as
matanças, eu jurava que me animaria. Mas as cenas são descritas tão
superficialmente que não dão aquele gostinho de “quero continuar a ler”.
Além
disso, alguns erros básicos de revisão atrapalharam um pouco, principalmente
para alguém que está acostumado a corrigi-los diariamente. Também algumas
repetições desnecessárias acabaram atrasando a leitura.
No
mais, a editora caprichou na capa, simples, mas que transmite todo o ar
religioso, misturado com a ficção vampírica que ele aborda. A diagramação
interna conta com detalhes nos cantos externos das páginas, além de letras
capitulares bem próprias da época que o livro descreve.
Senti
falta de um preparo maior da autora na escrita de Caim, o primeiro vampiro. Mesmo ela informando em sua biografia, na
orelha do mesmo, que havia realizado um curso de Escrita criativa na
Inglaterra, acho que ela não conseguiu colocar no papel tudo o que poderia ser
retratado. O tema é bem amplo e poderia ser muito melhor aproveitado. Fica aqui
a dica. Com certeza ela consegue melhorar em um próximo livro!
Em
suma, se você gosta de uma pegada voltada para a religiosidade, impondo algumas
teorias e unindo o útil ao agradável, dê uma chance!
O único apelo religioso que curti muito relacionado a mitologia dos vampiros foi no filme Drácula 2000, onde o dito vampiro sanguinário era o próprio Judas impossibilitado de morrer e amaldiçoado por sua traição a vagar pela terra, sorvendo sangue. Isso pra mim, foi I N C R Í V E L!!!
ResponderExcluirEntão quando vi a capa deste livro, a primeira coisa que veio a mente, foi que talvez a autora caminhasse pelos mesmos trilhos do meu filme favorito, mas pelo que vi, não irá.
Eu tenho evitado ler livros sobre vampiros atualmente (ainda estou com ressaca do Zsadist) e é provavel que todos os pontos que te incomodaram façam o mesmo comigo, então, ainda tenho meus receios de lê-lo.
Espero que nessa hipnótica busca por vampiros... vc consiga achar um que te morda de jeito!
Raíssa Nantes
Oi Pâmela, não conhecia o livro e adorei esta capa! Uma pena que as cenas de luta, as mais esperadas neste tipo de livro foram superficiais. Não sei se o lerei, mas vou anotar sua dica.
ResponderExcluirBjs, Rose
Oi Pamela realmente é raro eu ler literatura com vampiros, pois é acho que os únicos vampiros que li na vida foi meu Crepúsculo e Drácula mesmo.
ResponderExcluirEu achei a sinopse interessante, mas quanto vi sua resenha vi que seria só mais um livro que teria que lutar para ler caso ocorresse de chegar em minhas mãos.
Gostei da sua resenha enfatizou bem o que livro traz ;)
Até uma próxima...
lereliterario.blogspot.com