[Resenha] Depravado

Ela era minha inimiga, eu era o seu lótus. E a vingança é uma merda.

E finalmente me rendi aos encantos de um depravado. Será mesmo?

Tyler é nossa grande protagonista e narradora, na maior parte dos capítulos. Logo de cara sabemos que ela mora em Londres e tem vários amigos. Em um desses encontros com eles, em um Pub, ela assume que tem uma fantasia sombria: transar com um desconhecido, fato este que acabou chocando todos que estavam ao seu redor.

Sempre que ela narra o capítulo, voltamos alguns anos, até sua infância, começando por 1991, ano em que ela conhece Dean, um jovem dois anos mais velho que ela e que havia se mudado com os pais para a cidade onde Tyler morava. Ele estava na mesma sala que seu melhor amigo, Ian. O caso que mais marcou a vida dos dois foi quando um terceiro personagem entra em cena e Dean resolve defendê-la com unhas e dentes, fazendo com que os dois se apaixonem (mesmo que com seis e oito anos eles nem saibam o que é isso, rs).

Agora Tyler tem vinte e nove anos, é jornalista e há treze Dean sumiu sem deixar rastros. Ela está sozinha, nunca conseguira se envolver muito tempo com alguém e sabia que precisava urgentemente ir para a cama com alguém. Ela continua a amizade com Ian e ele sempre se oferece para isso, mas é claro que de forma amigável, aquelas brincadeirinhas saudáveis (será?). 

O problema é que há três anos alguém a vigia, segue e, misteriosamente, arruma suas coisas em casa, aliás, deixa tudo de um jeito que ela odeia. Até seu carro ele manobra de forma que ela consiga sair com ele rapidamente caso precise. A única reação que ela tinha era de aceitar e esperar todos os dias as coisas estarem em seus lugares, não indo nem atrás da polícia para denunciar. Aos poucos ela se vê presa a um estranho.

Mas será que ela descobrirá quem é? Será que ela é capaz de ser feliz novamente?

Gente, é assim... Essa mulher é doida ou o que? Se alguém mexesse em um centímetro das minhas coisas eu já tava era na delegacia, ou me mudando... Acho que esse foi um dos pontos que mais me incomodou. A forma com a qual ela lida com tudo isso, é como se ela soubesse desde o início quem era. Claro que com o decorrer da história e a forma com a qual ela acaba se deparando com seu homem misterioso provam que ela não sabia, mas gente, convenhamos né, hahaha.

Além disso... Dean é o que? Um doido, psicopata, louco de pedra né? Só pode. Esse homem narrando e eu querendo dar um chute no meio das pernas dele. Nem assim acho que ele parava. Fora que ele tinha um apetite sexual que Jesus amado. Mulher nenhuma aguenta não meu filho. 

Aí você me pergunta: mas se você critica tanto vários pontos da narrativa, porque ainda assim deu nota máxima para a leitura? Simplesmente pelo motivo do enredo ser cativante, através de uma linguagem colocada de forma tão clara e simples que vai você ficar preso nas palavras. E é claro que o teor sexual foi muito bem escrito - quase um cinquenta tons de cinza, não é mesmo?

Eu até relevei os erros de revisão, que não foram poucos, e levei em consideração a forma com a qual a obra conseguiu entrar na minha cabeça, a ponto de terminar e querer me bater pois o segundo livro não estava disponível para solicitar à editora #bezzliberaai . Sério gente. Vi algumas críticas de que o livro estava morno. Mas se preparem que a Jaimie guardou o melhor para o final. E quando eu digo o melhor, é mesmo. 

Agora estou aqui, órfã por tempo indeterminado e querendo saber como a história vai terminar. A capa é tão linda e empolgante que até meus amigos homens falaram que o mocinho era gostoso, hahaha. A diagramação interna é simples, como visto na segunda foto desta publicação. Em suma, é uma ótima edição, com um trabalho editorial primoroso, salvo alguns pequenos erros, conforme comentei anteriormente. E que venham mais, Jaimie Roberts. 

Depravado

Autora: Jaimie Roberts

Editora: Bezz

Número de páginas: 468

Onde comprá-lo: Amazon

Sinopse: A maioria dos contos de fadas termina com um “felizes para sempre”. Este não é um conto de fadas. Ele não é um príncipe encantado que vai levá-la em direção ao pôr do sol. Esta é uma história sobre traição, luxúria, desejo e, em última análise, vingança... E a vingança só pode conduzir a uma coisa. TYLER: Ele era um estranho, meu visitante, a sombra no canto do quarto. Ele me perseguia, me observava, sabia tudo sobre mim. Mas tudo que eu podia fazer era sentar e esperar. Esperei que Le me visitasse, noite após noite, ele estava se tornando o meu vício, meu desejo, minha obsessão. Ele conhecia cada centímetro do meu corpo, mas eu não sabia nada sobre ele. Ele se autodenomina Lótus e, tão maluco quanto possa parecer, acho que estou me apaixonando. DEAN: Eu queria pegá-la, possuí-la, dominá-la e arruiná-la. Eu quería violentá-la, agradá-la e consumi-la até que eu não pudesse sugar mais nada dela. Ela vai querer que eu a beije. Que a segure durante toda a noite para que ela tenha uma conexão comigo. Eu gostaria de fazer isso, quando ela me procurasse na escuridão. Ser aquele que satisfaz sua maior fantasia. Um estranho que foge para o quarto dela. Alguém que lhe dá o máximo prazer, mas também busca o seu maior sofrimento. A dor que ela nunca teve que suportar. A dor que irá corroê-la até que não haverá mais nada. Ela era a minha inimiga, eu era o seu lótus. E a vingança é uma merda.