[Precisamos falar sobre] A barraca do beijo - O Diário do Leitor

07/07/2018

[Precisamos falar sobre] A barraca do beijo



Há exato um mês a Netflix lançava a comédia romântica “A barraca do beijo”, estrelada por Joey King, Joel Courtney e Jacob Elordi. É claro que a curiosidade bateu forte, principalmente porque na mesma época a editora Astral Cultural divulgou que o publicaria. Então já viu que a ansiedade da criatura aqui foi longe. Mas tudo conciliou com o fechamento de bimestre da escola que trabalho... aí a gente aproveita pra ver o que o resto do mundo está achando. E depois de tantas críticas um tanto positivas, chegou finalmente minha vez de brilhar.




Lee Flynn e Shelly Evans são amigos desde sempre. Suas mães eram amigas há muito tempo, ficaram grávidas na mesma época e seus filhos nasceram no mesmo dia e mesmo horário. Era uma amizade escrita nas estrelas.

Quando tinham seis anos, criaram uma lista de regras que não deveriam quebrar para que isso tudo permanecesse para sempre, assim como com suas famílias.

Mas a adolescência vai chegando, os hormônios se revelam e, após a morte da mãe, Shelly acaba se aproximando cada vez mais dos Flynn. E é aí que ela começa a perceber que nutre uma paixonite por Noah, irmão mais velho de Lee. A regra número nove era nunca se envolver com parente do amigo, então ela desiste da ideia.

O problema é que ela aos poucos vai percebendo que talvez o garanhão (pra não falar galinhão) Noah não seja tão assim e que os cuidados com ela podem oferecer algumas vantagens que ela não está preparada para enfrentar.

Como faziam parte do grêmio estudantil, por assim dizer, eles precisavam de alguma atração para a festa que arrecadaria dinheiro à escola. E os amigos de infância logo tem a ideia de uma Barraca do Beijo. E é nela que Shelly acaba perdendo o BV... com Noah.

Agora ela precisava escolher entre viver um grande amor e a amizade com Lee.


"Que ironia, a garota que nunca beijou faz uma barraca do beijo."


É claro que eu, a princípio, imaginei que este seria um típico filme adolescente, com trama e conflitos que existem nessa faixa etária. E não deixa de ser, mas há pontos nele que não vemos em outros que pertencem ao mesmo público. Em primeiro lugar: Shelly e Lee são realmente AMIGOS. Não há paixão, desejo físico, e sim amor fraternal. É claro que o romance está presente, mas não da forma como a maioria dos filmes colocaria. A amizade prevalece em noventa e nove por cento dele. Além disso, o fato de Shelly mentir para seu amigo a deixa com um peso na consciência, então isso não dura muito, algo que hoje é bem difícil de se encontrar, porque é mais fácil sustentar uma mentira do que ser sincero.

Temos também o típico bad boy galinha da escola, incorporado por Noah, mas aos poucos ele demonstra seus sentimentos. Ao mesmo tempo, a impulsividade dele em entrar em brigas nos mostra como em muitos casos essa é a forma mais rápida para se resolverem os problemas e em como isso pode colocar as pessoas em maus lençóis.

Eu não conhecia os atores até vê-los no trailer, mas com certeza cada um teve um grande papel no filme. Claro que Jacob, que interpreta Noah, foi um dos mais fracos. Por vezes ele pareceu meio forçado, mas é aquele tipo de cara que arranca suspiros da gente.

E confesso ainda que chorei em praticamente todo o filme. Sério. Vou colocar a culpa na TPM, mas acho que não é só dela, rs. E fiquem sabendo que eu não fui a única. A Amanda, do Faces em Livros e a Paula, do Lendo E-books também sofreram nas mãos desses lindinhos.

Resumindo a história toda, acabei me surpreendendo muito positivamente com toda a trama de A barraca do beijo e é claro que quero muito ler o livro pra ontem! Se você quer rir, mas ao mesmo tempo se emocionar, se você gosta de romances adolescentes, mas que também abordam temas relevantes, esta é uma ótima pedida! E disponível na Netflix, o que adianta o lado da maioria, rs.


A barraca do beijo
Comédia romântica
Duração: 1h 45min
Faixa etária: 12 anos
Ano: 2018

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