Resenha: Axolotle Atropelado, de Helene Hegemann. #113 - O Diário do Leitor

17/09/2012

Resenha: Axolotle Atropelado, de Helene Hegemann. #113


Axolotle Atropelado
Autora: Helene Hegemann
Editora: Intrínseca
Nota: 
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Sinopse: “Vidas terríveis são a maior das felicidades”, desabafa Mifti em seu diário. Aos dezesseis anos ela assumiu sua condição de “garota-problema” participante da cena underground de Berlim, onde mora desde a morte da mãe. A narrativa de suas experiências, radicalmente influenciadas pelo uso de drogas diversas, faz o leitor mergulhar em uma sequência de acontecimentos paradoxais e incomuns.
Mifti é a protagonista de Axolotle Atropelado, romance de estreia da alemã Helene Hegemann que, aos 17 anos, conquistou a crítica literária e se transformou em fenômeno editorial no país. Pertencente a uma família disfuncional, com seus meios-irmãos ricos e negligentes e o pai egoísta, Mifti luta para dar sentido a sua vida. Em seu diário, alucinações e realidade se mesclam na descrição de sua rotina, pontuada por experiências de sadomasoquismo, autodestruição e abuso de drogas – entre álcool, heroína e ecstasy. Ela, que anseia por liberdade e pela fuga das convenções sociais, tece críticas à família e à sociedade alemãs e discursa sobre filmes, música e filosofia.
Em busca por uma parceria e por uma compreensão incondicional, Mifti adota um mascote exótico e surpreendente: o axolotle – uma espécie de salamandra mexicana que permanece em estado larvário, sem se desenvolver. 
Resenha

Através de uma narrativa forte e pesada, Helene constrói a vida da personagem Mifti. A sinopse já nos traz bastante traços importantes na construção da mesma e do enredo. Ela é uma adolescente de 16 anos, que tem como companhia os meios-irmãos, as drogas e o álcool. Além disso, é bissexual assumida, e nos choca com diversas passagens em que traz a tona seu lado erótico.

“A única coisa que desenvolvi foi um amor por adjetivos que deixa todo o resto na sombra.”

Confesso que a primeira sensação ao terminar o livro foi: de onde essa garota tirou essa brisa? Porque sério, pra mim esse livro foi uma grande brisa. Construções gramaticais de difícil entendimento, alucinações, sadomasoquismo. Tudo disposto de maneira bem “louca” a meu ver.
O axolotle entrou em cena quase no final do livro e ainda não encontrei uma função prática para o mesmo dentro da obra. Quem sabe com uma segunda leitura, meus horizontes acerca do livro não se abram, não é mesmo?

Sobre a autora: Helene Hegemann nasceu em Freiburg, Alemanha, em 1992, e mora em Berli. Axolotle atropelado, seu romance de estreia, foi indicado para o prêmio literário do lit.Cologne, um dos maiores festivais de literatura da Europa, e foi finalista do prêmio literário da Feira do Livro de Leipzig, em 2010. Torpedo, seu filme anunciado como “a revelação do ano” no Hof Film Festival de 2008, estreou na Alemanha no verão de 2009, recebendo o prestigiado prêmio Max Ophüls. Helene também é autora da peça de teatro Ariel 15, que estreou em 2007.


2 comentários:

  1. Caraca! Eu gostei da sua resenha e não leria esse livro. Não faz parte do gênero que gosto.

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  2. Nossa hein, ainda não tinha lido nenhuma resenha desse livro, comprei ele na bienal, mas sabe vendo assim ele não me agradou muito.
    O jeito vai ser ler e ver qual vai ser minha opnião :/
    Beijos

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