Bom
dia leitores, tudo bem com vocês?
Trago
hoje mais uma entrevista mega especial com nosso novo autor parceiro. Além
disso, no final da mesma, há uma pequena sinopse de seu livro “Jarbas”, que é o
qual estou lendo (em breve tem resenha, não percam!).
Vamos
conferir? Não deixem de comentar!!
Quando surgiu o escritor André Bozzetto Jr?
André: Desde a infância
sempre gostei muito de ler e, consequentemente, me sentia tentado a escrever.
Produzi uma infinidade de contos e poemas que nunca foram mostrados a ninguém,
até que em 1998, quando eu tinha apenas 17 anos, publiquei através de uma
pequena editora gaúcha o meu primeiro livro, intitulado “Odisseia nas Sombras”,
um breve romance sobre um grupo de amigos que precisa enfrentar um serial-killer
com poderes sobrenaturais. Hoje eu considero essa obra um pouco clichê e até
ingênua em determinados aspectos, mas na época ela foi bem recebida (se
levarmos em conta que foi em um período anterior a grande popularização da
internet como meio de divulgação e comercialização) e serviu para me abrir
muitas portas, não só em termos literários, mas também profissionais.
De onde surgiu a ideia do
tema de seu livro “Jarbas”? Inspirou-se em algum autor, alguma obra já
publicada?
André: Eu sempre digo que os
meus romances são muito mais influenciados pelo cinema do que propriamente por
outras obras literárias. O “Jarbas” – assim como o “Na Próxima Lua Cheia”, meu
livro anterior – foi inspirado pelos inúmeros filmes de lobisomem que assisti e
também pelos diversos “causos” que fazem parte da tradição oral da região
interiorana do Rio Grande do Sul, onde nasci e vivi durante muitos anos.
Se pudesse voltar no tempo, mudaria algo na
sua história ou a deixaria exatamente como está hoje?
André: Minutos depois de
concluir qualquer texto eu já sinto vontade de modificar algo (risos)!
Ocasionalmente até faço isso, mas geralmente evito, pois não quero agir como
certos autores de literatura fantástica nacional que têm dez anos de carreira e
só publicaram dois livros, pois vivem reescrevendo a mesma história e
republicando infindáveis novas edições. Acredito que os livros devem permanecer
como foram publicados originalmente, com todos os seus eventuais erros e
acertos, pois eles representam um retrato da fase de inspiração e do nível de
maturidade do autor naquele período. Acho que o importante é seguir em frente e
produzir coisas novas. Com certeza
Stephen King não teria brindado a nós, fãs, com tantas obras maravilhosas se
ficasse tentando reescrever “Carrie” de tempos em tempos.
O que mudou em sua vida
após a publicação de Jarbas?
André: Tive a oportunidade
de realizar uma divertida turnê de divulgação que passou por quatro cidades de
três diferentes estados (São Paulo/SP, Pinhalzinho/SC, Ilópolis/RS e Porto
Alegre/RS) e nessas sessões de autógrafos sempre se consegue conhecer pessoas
diferentes e expandir o público leitor. Então mudou apenas o básico: mais
pessoas passaram a conhecer o meu trabalho. Ainda não foi dessa vez que eu
fiquei rico escrevendo livros (risos)!
Defina seu livro em
uma única frase.
André: Algo assim pode
parecer meio direcionador e autoindulgente, então prefiro que os leitores
definam o livro. Porém, se tomarmos por base as resenhas que foram publicadas
sobre o “Jarbas” até aqui, certamente a palavra mais recorrente entre os
avaliadores é “sangrento” (risos)!
Jarbas:
Em 1984 Jarbas era apenas o nome de um garoto
interiorano fã de livros e filmes de terror. Porém, em 2009 esse mesmo nome já
havia se convertido em uma expressão capaz de despertar o mais genuíno pavor
entre todos aqueles que sabiam de sua existência. Transformado em um lobisomem
brutal e perverso, Jarbas passou a ser temido pelos humanos, odiado pelos
licantropos e perseguido por ambos.
Neste romance
você irá acompanhar 25 anos da trajetória deste temível ser e conhecerá uma
vasta gama de personagens que, de uma forma ou de outra, cruzaram pela trilha
de sangue deixada por ele através das noites de lua cheia. Entre estes
desafortunados, destacam-se Francisco e Jorge – uma dupla de aposentados que
tenta livrar sua cidade da ameaça licantrópica – e Vitória, uma jovem e bela
caçadora de lobisomens sedenta por vingança.Ódio. Medo.
Desespero. Terror. Está preparado para encarar?