Narrado
em terceira pessoa, conhecemos em Submissa
nossa protagonista Evangeline, uma
loira escultural que não reconhece todos seus atributos físicos e intelectuais.
Desde cedo precisou trabalhar, largando assim a escola e todos seus sonhos. Só conseguiu
terminar os estudos devido a um programa parecido com o EJA aqui no Brasil. Seu
pai havia sofrido um acidente que o impossibilitara de trabalhar. Sua mãe
dedicava seu tempo integralmente em cuidar dele.
Aos
23 anos, ela já estava há algum tempo em Nova York, morando em um pequeno
apartamento compartilhado com outras três amigas, Lana, Nikki e Steph.
E
pela primeira vez ela resolvera dar uma chance a seu coração, se apaixonando
perdidamente por Eddie, o homem que achava ser perfeito para sua vida. Virgem,
na noite em que transou pela primeira vez, foi apunhalada bem no coração
através das palavras egoístas daquele que lhe enganou.
Depois
de um tempo sem vê-lo, vai encontrá-lo na boate Impulse, onde ele era membro.
Steph havia conseguido um convite VIP e ela iria vestida para matar. O que ela
não esperava é que sua vida mudaria da água para o vinho em menos de uma noite.
Ao
mesmo tempo acompanhamos a história de Drake
Donovan, dono da boate e que está acostumado a ter as mulheres em suas
mãos. Não as levava para o escritório, tampouco sua casa, e não as encontrava
por mais de duas vezes. Ele gostava de estar no controle de todas as situações.
Mas tudo mudou ao ver uma jovem loira sendo quase agredida por um homem. Seu instinto
protetor fez com que, após ver as cenas pelas câmeras, mandasse seus seguranças
darem um jeito naquele desgraçado e levassem a moça até seu escritório, onde
ele foi capaz de não somente protegê-la, como também lhe proporcionar o melhor
orgasmo de sua vida.
Mas
o que era para durar apenas uma noite se transformou em uma proposta. Será que
Evangeline estaria disposta a entrar no mundo de Drake? Ou melhor: seria ela
capaz de ser sua submissa?
Evangeline suspirou. Bem-vinda ao mundo de Drake. Mas o mais correto seria Bem-vinda ao mundo insano de Drake, onde nada faz sentido.
Fazia
tanto tempo que não lia algo da Maya
que até me assustei quando peguei Submissa em mãos. Acho que nenhum livro dela que
já acompanhei nesses quase sete anos de blog foi tão intenso, pervertido e
possessivo. Precisei de alguns dias para absorver se estes eram pontos
positivos ou negativos, mas infelizmente tenho algumas ressalvas a fazer antes
de dizer o que realmente achei dele.
Em
primeiro lugar: porque raios Evangeline é daquele jeito? Ok que ela se sente
totalmente desmotivada com sua aparência e, por muitas vezes, não enxerga o
quão bonita é. Acho que todas as mulheres são desse jeito pelo menos uma vez na
vida. Mas se tornar totalmente dependente de um homem? Não dá pra engolir não.
Em
segundo lugar: porque a senhora Maya resolveu dividir uma história que daria
muitíssimo bem em um único livro, em dois? E o pior: terminou este no ápice do
bagulho... Dá pra aceitar isso não.
Ok.
Agora vamos aos pontos positivos do livro, como o fato de tantos homens se
importarem realmente com o bem estar de uma mulher, tratá-la da forma com a
qual deve, inclusive dando atenção total na hora do sexo (o que a maioria tá
pouco se lixando né, convenhamos). Outra
coisa boa é a forma com a qual Maya escreve seus livros, de forma fluída. Encontramos
algumas palavras que fogem ao linguajar da obra, mas nada que não seja fácil de
se entender durante a leitura.
A
capa é simples, o que eu acho um fato maravilhoso. A diagramação segue o padrão
das demais publicações da editora e não encontrei erros de revisão.
Não
foi uma das melhores leituras que tive dela, mas ainda espero que ela se supere
no próximo volume.
Submissa
Série The Enforcers – Volume 1
Autora: Maya Banks
Editora: Gutenberg
Número de páginas: 288
Onde comprá-lo: Amazon
Sinopse: Evangeline nunca soube o que é viver no luxo, pois sempre teve que trabalhar duro para ajudar os pais e conseguir sobreviver em uma cidade como Nova York. Típica garota do interior, sente-se deslocada em meio à metrópole e percebe que a ingenuidade e a sinceridade, que sempre foram suas características mais marcantes, são vistas como defeitos pelos nova-iorquinos e, principalmente, pelo ex-namorado que a seduziu e a abandonou. Drake Donovan é um magnata do entretenimento e um dos milionários mais cobiçados. Junto de seus “irmãos”, ergueu um império em Nova York e o seu maior empreendimento, a baladíssima Impulse, é a casa noturna mais exclusiva da cidade. Acostumado a ter todos na palma da mão, Drake sente seu inabalável mundo balançar quando vê uma jovem com ar angelical e inocente perdida em sua boate. Quem era aquela garota? Ele não faz ideia de quem ela seja, mas de uma coisa ele tem certeza: ela será dele! Incentivada pelas amigas, ir sozinha à Impulse parece ser o plano perfeito para Evangeline se vingar do canalha do ex-namorado. Mas o que está prestes a acontecer é algo que vai mudar sua vida para sempre. Uma proposta... uma tentadora oportunidade de ter tudo aquilo que nem em sonhos ela imaginaria possível. O preço? Submissão total e completa.
Pois então eu não curto esta autora justamente pelo estilo de livro que ela escreve. Já vi vários e mesmo assim é sempre no estilo assim da perversão, não que seja ruim, claro, mas não gosto muito da repetição da história sabe?
ResponderExcluirA Maya tem excelentes livros éroticos ou não, infelizmente esse não é um que entra nessa categoria na minha opnião, concordo com você sobre os pontos negativos, mas tenho uma observação, a duologia virou trilogia (só não sei se o terceiro livro será sobre eles).
ResponderExcluirbjos
A Maya é sempre bem intensa em seus livros e nesse acho que ela é mais ainda, não é? Sobre a protagonista ser desse jeito, é só o que tem no mundo- mulheres que se acham de menos e homens que se acham demais. Enfim, apesar da leitura não ser das melhores e terminar no ápice, acho que vale a pena. Dica anotada.
ResponderExcluirBeijos
http://ventoliterario.blogspot.com
Olá Pamela,
ResponderExcluirEu já li uma obra da autora, mas foi romance de época. Como não sou muito fã de livros eróticos, não tenho vontade de ler esse livro, mas não tenho dúvidas que a escrita da autora é muito boa e que encanta vários leitores. É péssimo que o livro tenha falhas, mas é legal que você tenha captado algumas coisas bacanas ao longo da trama.
Adorei sua sinceridade, mas, como disse, é um estilo de livro que não chama minha atenção em nada.
Beijos
Aiiiiii, adoro o gênero, mas estou TÃO cansada de protagonismo feminino fraco. Esse lance dela não se achar bonita e de se submeter a certas coisas me faz revirar os olhos. Eu nunca li nada da autora, mas com certeza não lerei esse.
ResponderExcluirBeijos
Olá! Tudo bom?
ResponderExcluirJá li esse livro e confesso que não foi do meu agrado. Principalmente por parte da protagonista. Ela tem um IMENSO problema de inferioridade e isso me incomodou bastante, principalmente por obviamente não ter motivos pra ser assim, tirando a péssima escolha pra homens. Eu entendo o ponto, pq de fato isso acontece com mulheres, mas a Evangeline precisa levantar um pouco esse astral pq minha nossa. Também gostei da capa e esse não foi o melhor livro que li da autora, mas as partes eróticas foram boas então valeu a pena. Enfim, adorei a resenha ❤️
Beijos
Olá, tudo bom?
ResponderExcluirEu gosto bastante dos livros da Maya, pois ela tem uma escrita fluída, como você falou, que me envolve em suas histórias e, quando vejo, já terminei. Eu sou apaixonada por seus romances de época, mas os contemporâneos não são ruins. Eu não li a obra em questão por não ter gostado muito da sinopse e achar que não seria uma leitura que me agradaria. Pelas suas descrições, acho que seria assim mesmos. Essas falhas, como você citou, me irritariam, já que eu não gosto de uma mulher que fica totalmente dependente de um homem e também não gosto quando os autores enrolam na narrativa e criam dois livros o que poderia ser escrito em apenas um. Apesar disso, talvez um dia eu dê uma chance, já que eu gostei de saber que os homens da história sabe como tratar bem as mulheres.
Enfim, adorei a postagem e agradeço a indicação :)
Abraços.