Proibido
Autor: Tabitha Suzuma
Editora: Valentina
Número
de Páginas: 302
Sinopse: Ela é doce, sensível e extremamente sofrida: tem dezesseis anos, mas a maturidade de uma mulher marcada pelas provações e privações da pobreza, o pulso forte e a têmpera de quem cria os irmãos menores como filhos há anos, e só uma pessoa conhece a mágoa e a abnegação que se escondem por trás de seus tristes olhos azuis. Ele é brilhante, generoso e altamente responsável: tem dezessete anos, mas a fibra e o senso de dever de um pai de família, lutando contra tudo e contra todos para mantê-la unida, e só uma pessoa conhece a grandeza e a força de caráter que se escondem por trás daqueles intensos olhos verdes.Eles são irmão e irmã.Com extrema sutileza psicológica e sensibilidade poética, cenas de inesquecível beleza visual e diálogos de porte dramatúrgico, Suzuma tece uma tapeçaria visceralmente humana, fazendo pouco a pouco aflorar dos fios simples do quotidiano um assombroso mito eterno em toda a sua riqueza, mistério e profundidade.
Livro
resenhado no extinto blog Livros de Cabeceira
Maya
e Lochan são irmãos e se veem com a obrigação de cuidar da casa e dos seus irmãos
mais novos, pois a mãe não para em casa, vive na casa do namorado e quando está
ali, se encontra caindo de bêbada. O pai sabe lá Deus onde está, arrumou uma
nova família e os esqueceu. E assim eles vão levando, assumindo
responsabilidades que deveriam ser de seus pais.
Maya
tem 16 anos, é uma garota adorável, doce e sensível, muito madura para a idade
dela. Lochan ta com um pé nos 18 anos, é generoso, esperto e responsável. Por conta
de toda essa responsabilidade, ele é quieto, não se enturma, não conversa, tem
pânico de falar e participar das coisas em sala de aula, a única pessoa com
quem ele consegue ser ele mesmo é com Maya. Para eles, não são somente irmão e
irmã, são muito mais que isso.
Não somos doentios. Somos apenas um irmão e uma irmã que por acaso também são os melhores amigos um do outro. É assim que sempre foi entre nós dois. Não posso perder isso, ou não vou sobreviver.
Proibido
é um livro que vi muita gente falar nas redes, porém nunca fui atrás para saber
do que se tratava, até que vi a Dessa, do blog Livros e chocolate quente, comentar
algo. Logo quando vi que se tratava de incesto, surtei, amo livros com esses
temas, só esperei as promoções de fim de ano e comprei.
Ao
iniciar a leitura logo percebi que o livro era de escrita simples e cativante,
mas também percebi o quão tenso seria, além de doloroso, polêmico e que me
faria refletir. Na verdade o livro foi um misto de sentimentos. Sentia repulsa,
mas queria que os dois ficassem juntos. Logo depois achava errado e assim foi o
tempo todo.
O
foco central – lógico – é o incesto, mas também vi que a autora focou na
irresponsabilidade de uma mãe. Engravidar para agradar marido é lógico que não
dará certo. Logo depois arrumar um namorado mais novo e viver correndo atrás
para afogar as mágoas, se acabar em bebidas e esquecer que tem filhos para
cuidar. Os momentos que ela aparecia na história me dava um nervoso tão grande,
não aceitava o modo como ela largava as crianças, não Maya e Lochan, já que são
maiores e sabem se virar, mas sim os pequenos, Tiffin (9) e Willa (5), que eram
super dependentes e ainda tinha o Kit (13) que, ao ver o caos que se encontrava
a família, se tornou um adolescente revoltado. Ficava me perguntando: porque
Deus dá o dom da maternidade para uma vaca dessas?
E se formos parar pra pensar existem tantas mães assim. Mas enfim, vocês querem
saber do foco central do livro, então bora lá!!!
São
eles que estão errados. - repete - Porque eles não entendem, Não me importo se
por acaso você é meu irmão biológico. Eu nunca vi você apenas como um irmão.
Você sempre foi meu melhor amigo, minha alma gêmea, e agora eu me apaixonei por
você também, Porque isso é um crime? Quero poder te abraçar, te beijar e...
fazer todas coisas que os apaixonados tem direito de fazer. - Respira fundo. -
Quero passar o resto da minha vida com você.
Os
capítulos do livro são intercalados entre Maya e Lochan, são narrados em
primeira pessoa e é palpável a luta interna dos dois, aquela luta de não saber
se aquilo que eles sentem é amor de verdade, aquela confusão, aquele medo. E é
assim até do dia "H" onde eles descobrem o verdadeiro sentimento de
um pelo o outro, mas quem disse que ficará mais fácil? É aí que a situação
piora 100%. Essa luta aumenta. Para Maya o romance está no ar, ela sabe que é
proibido, que é errado, mas ela quer tentar, sempre arruma um jeito, um
pretexto de ficarem juntos. Para Lochan é pior, pois ele tem consciência do
quanto é errado, tenta evitar, tenta se segurar e o pior é que ele é quase maior
de idade... ou seja, se alguém os pegar no flagra, ele será o errado.
É tudo muito forte, senti agonia, chorei, sorri, queria entrar no livro e abraçar, dar meu ombro para eles chorarem. Torci por eles, confesso! Mas ao mesmo tempo eu acusava. É um livro arrasador, perturbador, de uma carga emocional tão grande que você tem que estar preparado para aguentar.
É tudo muito forte, senti agonia, chorei, sorri, queria entrar no livro e abraçar, dar meu ombro para eles chorarem. Torci por eles, confesso! Mas ao mesmo tempo eu acusava. É um livro arrasador, perturbador, de uma carga emocional tão grande que você tem que estar preparado para aguentar.
- Não há leis nem limites para sentimentos.
E
o final? Que final! Juro que li e reli querendo que mudasse. Mas não, tinha que
ser aquele, Lochan não seria ele mesmo, se não fizesse aquilo.
Nem
precisa dizer o quanto amei o livro, posso falar e falar e nunca vou falar tudo
o que senti, só quem leu entende. Um livro que recomendo a todos. Um livro que
questiona nossos princípios, regras e sociedade.
- Nesse momento, a única coisa que eu sei é que te amo - digo em meu desespero contido, as palavras se derramando por conta própria. - Eu te amo muito mais do que como um irmão. Eu te amo... de todas as formas possíveis e imagináveis.
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