Autor: Julio
Cortázar
Editora:
Civilização Brasileira
Número de Páginas: 256
páginas
Sinopse: Em 62 Modelo para Armar, os cronópios têm acesso ao livro imaginado pelo personagem Morelli no capítulo “62” de O jogo da amarelinha. Publicado em 1968, 5 anos depois do seu livro mais famoso, 62 traz experimentações radicais com a linguagem, que deixaram desconcertada a crítica da época. Seguindo a ideia de seu personagem, o autor se lança a um jogo de escrita em que tudo é “como uma inquietação, uma falta de sossego, um desarranjo contínuo”. Julio Cortázar é um dos escritores argentinos mais importantes de todos os tempos. Nascido em Bruxelas, em 1914, formou-se em Letras, dedicou-se à Pedagogia e trabalhou como professor no interior da Argentina. Seu romance O jogo da amarelinha abalou o panorama cultural de uma época e se tornou referência para a narrativa contemporânea.
Este
é o terceiro livro que tenho contato, mas o segundo resenhado aqui no blog. Meu
favorito ainda é, sem sombra de dúvidas, Bestiário, pois é de um de seus contos
que deriva um de meus filmes favoritos (Os Outros).
62 Modelo para Armar é a nova
edição do livro, com a capa repaginada e o conteúdo revisto, assim como os
demais do autor publicados pela Civilização Brasileira. Já que estou começando
a minha coleção de obras do autor, este é um baita ponto positivo. Fica tudo
mais bonito e organizado na estante. Além disso, a editora pensa no conforto da
leitura de quem o adquire, então fonte, diagramação e revisão estão ótimas
também!
Sua
primeira edição data de 1968, inspirado no capítulo 62 de outro título de
Cortázar. O Jogo da Amarelinha
(Rayuela) é como um labirinto, onde o leitor avança do jeito que bem entender. Cheio
de ramificações, conhecemos a história de Horacio. E é no capítulo 62 deste
livro que Modelo para Armar foi
inspirado. Claro que, assim como em sua obra “original” há certa dificuldade de
se compreender todas as passagens do enredo, encontramos isso neste. Acho que
já fazia parte dele causar este tipo de impressão nos leitores, rs.
É
claro que, para quem não leu O Jogo da Amarelinha (assim como eu), o conteúdo
apresentado por muitas vezes parecia sem pé nem cabeça, mas depois de pesquisar
um pouco mais sobre o livro anterior, consegui me orientar e entender a
proposta final deste projeto de Cortázar. Mas é óbvio que eu ainda vou correr
atrás e ler a bendita Rayuela porque eu fiquei com a pulga atrás da orelha, rs.
Então se você está na mesma situação que eu e quer começar a ler Cortázar por 62 Modelo para Armar, pare agora! A
Fascinação das Palavras (cuja resenha está aqui) é bem mais fácil de se
entender, porque é como se fosse uma biografia do autor não tão autorizada
assim, rs. E é em forma de entrevistas que você já se ambientaliza com a
maneira com a qual ele conduz um texto.
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