Gente, como vocês puderam ver ao longo dessas leituras dos livros
do Box Mário de Andrade, tive diversos altos e baixos, gostando muito de uns, e
pouco de outros. Amar, verbo intransitivo é um dos livros mais conhecidos e polêmicos do autor, justamente por tratar de assuntos ligados ao cotidiano e que quase sempre eram esquecidos ou não se tornavam alvo das rodinhas de conversa e fofoca.
Fräulein vai trabalhar em uma casa no bairro de Higienópolis, um
dos bairros mais ricos de São Paulo (ainda hoje). E sim, ela é uma prostituta.
Aí que o negócio se torna interessante. Pra que levar uma mulher assim para
casa? Naquela época era muito comum que os pais levassem seus filhos a lugares
específicos, afim de que eles iniciassem com suas vidas sexuais. E tudo tinha
um motivo: não pegar alguma doença na rua, como a sífilis.
Então, além de ser uma governanta e cuidar de assuntos que dizem
respeito, como educar as crianças segundo o modelo alemão, ela serviria como
amante profissional. Mas é claro que as coisas fogem do controle das mãos de
Fräulein e a mulher já madura acaba caindo nos encantos do filho mais velho do
casal, Carlos, nutrindo um amor totalmente desconhecido até então.
Nós temos aqui um enredo baseado numa constante intromissão do
narrador, considerado uma personagem da história, junto com a alemã Fräulein. Mas
o que mais me deixou desgostosa durante a leitura foi o excesso de palavras e
expressões rebuscadas. Tudo bem que o livro foi escrito durante o Modernismo,
período de mudanças e de quebra de paradigmas, mas acho que justamente por isso
a linguagem deveria ser de mais fácil acesso.
Uma vantagem é que, diferente dos livros anteriores aqui
resenhados, esse segue o mesmo padrão de Macunaíma, ou seja, é escrito em forma
de prosa, com continuidade do início ao fim.
Em suma, a proposta é muito envolvente e diferenciada, mas
infelizmente esses percalços durante a leitura me levaram a dar uma nota
mediana.
Autor:
Mário de Andrade
Editora:
Novo Século
Número
de páginas: 160
Onde
comprá-lo: Box Amazon
Sinopse: Publicado em 1927, Amar, verbo intransitivo pertence à chamada primeira fase do Modernismo Brasileiro. Recebeu várias críticas por se tratar de um assunto polêmico que era vivido pela sociedade em geral, mas não era discutido abertamente. Repleta de críticas sociais e comportamentais, a obra narra o envolvimento de um jovem de alta posição social com uma alemã mais velha contratada pela família, chocando a sociedade e transformando Mário de Andrade num alvo de críticas. Anos depois e até os dias atuais, o livro é lido tanto pela sua qualidade como pela sua irreverência e pioneirismo.
Olá! Tudo bem?
ResponderExcluirEsse não seria normalmente meu tipo de leitura, mas achei o enredo bem interessante!
A linguagem rebuscada acaba afastando um pouco a vontade de ler, mas quem sabe mesmo assim eu não dê uma chance? Vou anotar essa sua dica de leitura! <3
Com amor,
Lorrane.
www.dreamsandbooks.com
Apesar de sua nota mediana, a proposta do livro me chamou a atenção e é provável que em breve eu venha lê-lo para conferir o desfecho da trama. Gostei bastante da escrita apresentada na foto e desse marcador lindo! rs. Parabéns pelo blog e pela resenha!
ResponderExcluir/Juliane
Tu sabe que olhando a parte que tu colocou ali da história eu gostei do estilo da escrita mas apesar do que escreveu pode ser que eu não goste muito, mas com certeza daria uma chance. E amei a diagramação.
ResponderExcluirOlá...
ResponderExcluirAinda não li Amar Verbo Intransitivo, mas, como fã do autor espero poder ler em breve...
É uma pena a leitura ter sido mediana pra você, mas, mesmo assim ainda pretendo ler pois gosto demais do autor... Tenho certa curiosidade a respeito das polemicas que cercam esse livro...
Bjo
Achei esse box lindo!
ResponderExcluirNunca li nada de Mario de Andrade e tenho certo receio justamente devido a escrita rebuscada em algumas obras.
Mas talvez eu me meta nessa leitura!
Gostei bastante de sua resenha!!
Beijinhos!
#Ana Souza
https://literakaos.wordpress.com
Nossa, há quanto tempo eu não ouvia falar desse livro!
ResponderExcluirEu me lembro de ter gostado bastante da história... E essa edição está linda!
Acho que vou procurar por ela para tê-la na minha estante, já que o livro que eu li era da biblioteca da escola!! Rs...
beijos
Camis - blog Leitora Compulsiva
Olá!
ResponderExcluirNunca li nada de Mário de Andrade,na verdade li,alguns poemas no livro de literatura na escola.
Como era modernismo e era a liberdade de escrita ele quis deixar com palavras mais complicadas e com algum significado.
Ainda não li nenhum livro dele,sou mais do lado de Clarice e Guimarões Rosa.
Beijos
Olá, tudo bom?
ResponderExcluirEu não gostei muito da premissa do livro e fiquei descontente por saber que a narrativa utiliza de expressões rebuscadas. Não é que eu não goste de obras assim, mas depende da maneira e a época em que foi escrita. É legal que tenha formato de prosa, porém não é algo que me encante tanto. Não achei o assunto tão polêmico, já que era algo que acontecia (e ainda deve acontecer em alguns lugares do mundo), só não é discutido abertamente mesmo.
Todavia, acredito que só lendo para saber se eu gostarei ou não. Por outro lado, quero muito esse box, então estou esperando uma boa promoção para adquirir ;)
Enfim, adorei a postagem e agradeço a indicação mesmo assim :)
Abraços.
Que pena que o livor não funcionou totalmente para você e lamento porque este livro é um dos meus favoritos da vida. Mas viva a diferença e foi interessante ler seus argumentos.
ResponderExcluirMEU AMOR PELOS LIVROS
Beijos
Oi, Pamela!
ResponderExcluirAdoro Mário de Andrade, mas meu favorito é Macunaíma! rs
Sobre a linguagem rebuscada, eu tenho pra mim que o autor usou da linguagem "coloquial" da época. rsrs Sério, naquela época ainda se falava muito com palavras rebuscadas, e na escrita havia um cuidado triplicado em usar todo um vocabulário mais culto. Uma pena que isso às vezes afete a leitura, como aconteceu contigo.
Bjos!
Lucy - Por essas páginas
Olá! Eu comecei a ler esse livro mas nunca terminei, pelos mesmos percalços que você teve, gosto de livros em que a leitura flua, a linguagem coloquial da época me deixa muito confusa em muitas partes da história, pra mim ele não fluiu.
ResponderExcluirBeijinhos
Oi.
ResponderExcluirAcho que li algo do autor quando ainda estudava, mas não lembro de mais nenhum dele que eu tenha lido. Eu ainda não conhecia Esse, você acredita? Parece ser bel interessante é estou com vontade de lê-lo. Vou anotar a dica!
Beijos.
Olá
ResponderExcluirMacunaíma foi um dos poucos livros de leitura obrigatória da escola que eu amei e vou levar para o resto da vida. Esse livro em si não me chamou atenção acho que o linguajar talvez não me agrade a ponto. Só conseguir levar Macunaíma adiante por que eu realmente gostei do livro, mas não tenho costume de ler livro em prosa, acho que é falta de hábito mesmo.
Beijos
Olá, tudo bom?
ResponderExcluirAchei esses livros um luxo só! Uma pena que o excesso de expressões rebuscadas tenha e incomodado ao decorrer da leitura, deixando-a cansativa. A premissa é realmente super diferente e eu fiquei super interessada para realizar a leitura. Já anotei o título aqui!
Adorei sua resenha ♥
Beijos!
Ooi,
ResponderExcluirQue lindo esse box!! Eu não sou muito fã da prosa do Mário de Andrade, não sei bem porque, mas sempre tive curiosidade em ler Amar, Verbo Intransitivo. Gostei bastante da sua resenha, eu também fico um pouco desanimada quando a linguagem é muito rebuscada.
Beijoss