[Resenha] Meu livro. Eu que escrevi

Eu quase tive uma síncope quando descobri que o Raony Phillips, criador da websérie Girls in the House, a mais famosa do Youtube, estava publicando um livro em que a personagem principal, Duny, era a autora e mostrava toda a história da sua vida.

É claro que para quem acompanha os vídeos na plataforma, sabe exatamente como as cenas aconteceram à maneira em que vão sendo descritas. Algumas são inusitadas e inesperadas, pois ele guardou/ criou apenas para a obra em questão. Meu livro. Eu que escrevi é algo despojado e diferente de tudo o que a gente já leu. Dunny é uma personagem que não tem papas na língua, então tudo o que ela fala acaba se tornando cômico. Mesmo quando ela usa de recursos como ironia, não tem como não acabar na gargalhada.

Aqui pudemos acompanhar um pouco de sua vida antes de ir morar na casa da tia ruiva, bem como as primeiras oportunidades de se tornar uma mulher famosa. Isso mesmo. Duny tinha um sonho... E ela o colocaria em prática de qualquer jeito, começando com o Chocotone Show, que foi a primeira vez que ela apareceu na TV. Como tudo não poderia ser pior, ela cai, acaba sendo chamada por outro nome e fazendo mais sucesso que a apresentadora. Óbvio que foi mandada embora e acha que a onda de azar começou. E é verdade, porque daqui pra frente é eita atrás de eita.

Embora ele seja classificado como um livro de humor, temos que tomar cuidado com a faixa etária que o lerá, porque a Duny é livre em sua escrita, principalmente ligando o "fod*-se" para tudo, então há alguns bons palavrões durante a narrativa. Claro que com o mundo em que vivemos, as crianças aprendem isso em casa. Mas se isso aparece num livro: "nossa, em que país nós estamos que deixam publicar isso"... E já sabem no que isso termina, haha. 

A edição que a Intrínseca criou ficou simplesmente perfeita. Há ilustrações em todos inícios de capítulos, além de algumas imagens também no meio da narrativa. Além disso, Raony fez questão de intitular seus capítulos em inglês, e com uma tradução non sense, assim como nos episódios de Girls in the House.


Só posso dizer que acabei me divertindo mais do que imaginava, mesmo que algumas passagens do livro já tenham sido "encenadas" pela Duny no youtube. Foi gostoso acompanhar mais alguns detalhes da vida dessa doida e espero que o Raony logo lance mais alguns livros. Poderia até ter um de cada personagem secundário da websérie! #ficadica

Meu livro. Eu que escrevi.

Autor(a): Duny / Raony Phillips

Editora: Intrínseca

Número de páginas: 160

Onde comprá-lo: Amazon

Sinopse: Duny (lê-se Dani) é uma celebridade de alcance mundial, alçada ao estrelato por seu imenso talento, inteligência, classe e beleza incomparáveis. Ou, pelo menos, era isso o que ela esperava da vida - que, no caso de Duny, se resume basicamente a um loop infinito de lacres, barracos e baixarias cometidos em busca da fama. Meu livro. Eu que escrevi é o maior deles. Conhecida dos fãs principalmente por trabalhar e morar na Pensão da Tia Ruiva e ser uma das estrelas da websérie Girls in the House, Duny hoje comanda também o reality show investigativo Disk Duny e é comentarista on-line de premiações como o Oscar e o Grammy para uma grande rede de TV, mas ela já passou por muita coisa nessa vida: da humilhação pública de fazer agachamentos em trajes sumários num programa de auditório a fingir que suporta crianças só para ser babá da filha de uma artista famosíssima e ficar um tantinho mais perto dos maiores nomes da música pop. Se valeu a pena? Para Duny, ainda vamos saber. Mas, para que lê essa autobiografia recheada do início ao fim com o melhor da ironia (ou grosseria) moderna e total ausência de preciosismo vernacular, vale cada página.